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PF mira empresários e servidores públicos envolvidos em esquema bilionário de exploração de minério de ferro em MG

Grupo fraudou licenças ambientais para explorar minério de ferro em locais proibidos

17/09/2025 - 07:00 | Atualizada em 18/09/2025 - 16:05

Redação

PF mira empresários e servidores públicos envolvidos em esquema bilionário de exploração de minério de ferro em MG

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União e o apoio do Ministério Público Federal e da Receita Federal, deflagrou nesta quarta-feira (17/9), a Operação Rejeito visando desarticular uma organização criminosa responsável por crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro.

MANDADOS JUDICIAIS
  • 79 mandados de busca e apreensão,
  • 22 mandados de prisão preventiva,
  • afastamento de servidores públicos,
  • bloqueio/sequestro de ativos no valor de R$ 1,5 bilhão e suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas, conforme determinação de Colegiado de magistrados da Justiça Federal em Minas Gerais constituído para processar e julgar os casos.
Segundo o portal G1/MG, entre os alvos de pedido de prisão preventiva estão os empresários:
  • Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe do grupo criminoso;
  • Helder Adriano de Freitas, sócio de Alan na empresa mineração Gutesiht e apontado como articulador com servidores públicos e representantes de órgãos ambientais para manipular processos de licenciamento;
  • João Alberto Paixão Lages, também sócio de Alan na mesma empresa e articulador do esquema.
A Justiça Federal determinou o afastamento de:
  • Fernando Baliani da Silva, funcionário estadual da FEAM;
  • Breno Esteves Lasmar, do Instituto Estadual de Florestas (IEF);
  • e Fernando Benício de Oliveira Paula, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

O grupo investigado teria corrompido servidores públicos em diversos órgãos estaduais e federais de fiscalização e controle na área ambiental e de mineração, com a finalidade de obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram utilizadas para usurpar e explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, incluindo locais tombados e próximos a áreas de preservação, com graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos.

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A organização criminosa teria atuado para neutralizar a ação do Estado, dificultando as investigações e monitorando autoridades. Além disso, utilizou diversos artifícios para lavar o dinheiro obtido com as práticas ilícitas.

Calcula-se que as ações criminosas do grupo investigado renderam, ao menos, um lucro de R$ 1,5 bilhão. Ressalta-se, ainda, que a investigação identificou projetos em andamento vinculados à organização criminosa com potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.

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Os investigados poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da união, corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraçamento à investigação de organização criminosa.(Informações da Polícia Federal)

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