18/07/2025 - 12:46 | Atualizada em 18/07/2025 - 13:03
Redação
Minutos após a busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na casa em Brasília de Jair Bolsonaro (PL), que foi levado para a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) colocar tornozeleira eletrônica, aliados do ex-presidente iniciaram um choro sem fim nas redes sociais.
O PL, partido comandando por Valdemar da Costa Neto, publicou na rede X que "nosso capitão @jairmessiasbolsonaro nunca fugiu da luta. Hoje, mais do que nunca, mostramos que ele não está sozinho".
Líder do PL na Câmara e braço político de Silas Malafaia, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) mostrou o desespero dos aliados próximos com a ação da PF.
"Colocaram tornozeleira em Bolsonaro. Mas não há crime, não há condenação, não há prova", escreveu em negrito nas redes.
"Isso não é justiça. É censura. É a tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões", emendou, também em negrito.
A extremista Júlia Zanatta (PL-SC) correu para as redes para tentar encampar a narrativa de que o mandado contra Bolsonaro partiu de Lula, não de Moraes.
"Ontem um pronunciamento de Lula mostrando que ele não irá retroceder em seu plano de tornar o país um pária internacional. Hoje “coincidentemente” mais uma demonstração de força contra o líder de oposição. Mas segundo alguns está tudo “tranquilo” no Brasil", escreveu.
Ex-Secom e parte do corpo de advogados de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, também chorou nas redes.
"É inacreditável e inaceitável a perseguição contra o Presidente Bolsonaro. Ele sempre cumpriu tudo que lhe era injustamente imposto", escreveu.
Tornozeleira
Após busca e apreensão em sua casa em Brasília na manhã desta sexta-feira (18), Jair Bolsonaro está na Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) na capital para prestar depoimento e colocar tornozeleira eletrônica. Advogados de defesa do ex-presidente confirmaram a operação.
Na decisão, Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou uma série de medidas restritivas ao ex-presidente diante da possibilidade de fuga ou abrigo na embaixada dos EUA.
Bolsonaro será proibido de acessar as redes sociais e terá de permanecer em casa entre 19h e 7h da manhã. Ele ainda está proibido de manter contato com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA, e de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros (não podendo se aproximar de embaixadas), nem com outros réus e investigados pelo Supremo.
Em nota curta, a PF afirma que "cumpriu, nesta sexta-feira (18/7), em Brasília, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da PET n.º 14129".
Vice-líder do PT na Câmara, Rogério Correia (PT-MG) afirmou nas redes que a busca e apreensão atende a uma representação feita por ele pedindo as medidas restritivas.
"Os mandados foram autorizados pelo STF e há expectativa de que FINALMENTE ele sofra medidas restritivas para evitar sua fuga. FOI A GENTE QUE PEDIU SIM!!!", comemorou o deputado.
Lindbergh Farias (PT-MG), líder do PT na Câmara, também comentou a operação da PF nas redes.
"Jair Bolsonaro é alvo de operação da PF e usará tornozeleira eletrônica por ordem de Alexandre de Moraes. Essa é uma medida fundamental para impedir que ele fuja do Brasil, como já vínhamos defendendo em diversas representações à PGR e ao STF. Bolsonaro vai pagar por todos os seus crimes! Grande dia", escreveu.
Busca e apreensão
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (18) uma operação que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação, que inclui o cumprimento de mandados de busca e medidas restritivas, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ocorre na residência de Bolsonaro e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda à qual ele é filiado.
Ministros da Corte desconfiavam e tiveram indícios de que Bolsonaro se preparava para fugir do Brasil, pedindo asilo político a Donald Trump nos EUA.
Ele agora passará a ser monitorado 24 horas por dia.
Segundo informações preliminares, além da casa onde Bolsonaro reside, outros locais vinculados ao PL também estão sendo vasculhados por determinação do STF, dentro do inquérito que apura possíveis ilegalidades envolvendo o ex-presidente e seus aliados políticos.
Vários inquéritos
Esta é mais uma frente investigativa que envolve o ex-presidente, que já responde a múltiplos inquéritos em andamento no STF, incluindo investigações sobre tentativa de golpe, disseminação de desinformação e uso indevido da estrutura de governo para fins políticos durante seu mandato.
A defesa de Jair Bolsonaro informou que irá se pronunciar em breve sobre os desdobramentos da operação. O Partido Liberal, até o momento, não comentou a ação.
Tarifaço de Trump
As medidas cautelares vêm na esteira da crise diplomática aberta pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Trump condicionou o cancelamento das taxas ao encerramento da ação penal contra Jair Bolsonaro, a quem chamou de vítima de uma “perseguição”.
Na quinta-feira (17), Trump divulgou uma nova carta, desta vez endereçada diretamente a Bolsonaro, pedindo que o processo judicial contra ele seja encerrado “imediatamente”. “Eu vi o terrível tratamento que você está recebendo nas mãos de um sistema injusto”, escreveu o ex-presidente norte-americano. A mensagem, com timbre da Casa Branca, foi publicada em sua rede social, a Truth Social.
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