Na Câmara Municipal de Vereadores de Cuiabá ficou evidente que o prefeito Abilio Brunini (PL) não gosta de receber críticas. A exemplo de Jair Bolsonaro, aparentemente crê ser intocável.
Quando vereador, tinha uma atuação forte como FISCALIZADOR, sobretudo nas unidades de saúde de Cuiabá. Agora do outro lado, como gestor, é fiscalizado. Segundo a
vereadora Maysa Leão (Republicanos), ele não aplica na prática o que defendia quando vereador.
Quando atuou como deputado federal, Abilio Brunini foi muito mais agressivo no trato com colegas parlamentares e nas críticas ao Executivo. Deveria estar preparado para ocupar a posição de 'vidraça'. Quem ocupa um cargo público torna-se alvo de cobranças e críticas e não pode reagir a elas com ataques pessoais e descontrolados.
Por trás do atrito público entre Legislativo e Executivo, há as razões de sempre. Vereadores cobram SOLUÇÕES da Prefeitura, que até o momento deixa a desejar.
“O Executivo precisa ter mais tato para atender pedidos simples dos vereadores: uma lâmpada que não coloca na porta do eleitor, uma vaga de UTI. Está faltando humildade”, afirmou em off um vereador.
A relação entre Paço e Câmara, para Abilio, é de que esta é 'puxadinho' que deve controlar com rédea curta. A presidente do legislativo, Paula Calil (PL), parece subordinada ao Executivo, incapaz, até o momento, de imprimir uma gestão imparcial e independente. Prefeito e vereadores foram eleitos para servir os munícipes.
Neste ano, o prefeito justifica as falhas atribuindo ao rombo nas contas públicas deixado por Emanuel Pinheiro. No próximo ano, terá que apresentar resultados.