A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cáceres, deflagrou na manhã desta segunda-feira (09.6), a Operação Tiger Hunt, para cumprimento de 21 ordens judiciais com foco na desarticulação de uma facção criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar.
- quatro mandados de prisão,
- cinco de busca e apreensão,
- sequestro de bens móveis e imóveis,
- quebra de sigilo bancário e sigilo telefônico,
- e suspensão das atividades econômicas das empresas.
Um dos alvos é o influenciador digital Luiz Gustavo Almeida, de 26 anos, preso na operação.
Segundo a Polícia Civil, ele faz parte do grupo investigado por crimes como lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar.
Pouco antes de ser preso o influenciador publicou uma propaganda temporária em que aparece mais uma vez "apostando" no jogo. Ele também publicou fotos em uma área de lazer e uma imagem com dizeres religiosos.
Luiz Gustavo tem 6 mil seguidores no Instagram, onde se apresenta como investidor esportivo e gamer profissional. Suas postagens seguem o padrão de mostrar ostentação, veículos de luxo, posts de viagens, além de conteúdos em que destaca supostos ganhos com jogos de azar, sobretudo o jogo do tigrinho.
Investigação
As investigações conduzidas durante cinco meses na Derf de Cáceres identificaram a facção criminosa, que por intermédio de influenciadores digitais, criou um engenhoso esquema de fraude, que promovia lançamentos diários de novas plataformas de jogos online ilegais, em especial o Jogo do Tigrinho (Fortune Tiger), incentivando seus seguidores a apostar pelos vídeos onde eles apareciam ganhando altos valores, em poucos segundos, e com apostas de valor baixo.
Os investigados se valiam de uma versão de demonstração, que tinha senhas programadas para apresentar resultados vitoriosos no jogo de cassino online, o que não era verdade. Os ganhos fictícios serviam para captar um maior número de apostadores.
As investigações apontaram ainda, que a facção comprava CPF de pessoas vulneráveis pelo valor de R$50 a R$100, forçando-as a realizar um cadastro em contas bancárias digitais, para utilizar em sites de apostas, bem como para lavar o dinheiro das empresas de que são sócios-proprietários.
Durante a investigação, constatou-se o aumento expressivo do patrimônio dos investigados, que adquiriram veículos de luxo, imóveis, motoaquática, joias, além de viagens para destinos turísticos, inclusive frequentando restaurantes caros, ostentando uma vida que a população média não tem acesso. (Com informações da PJC)