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Júlio Campos diz que não há na AL 8 deputados com coragem para assinar CPI

Deputado cobrou investigação da suposta fraude pela Polícia Civil: ‘O rombo que vai aparecer, vocês vão cair para trás’

28/05/2025 - 11:20 | Atualizada em 01/06/2025 - 11:41

Cícero Henrique

Júlio Campos diz que não há na AL 8 deputados com coragem para assinar CPI

Foto: Reprodução

O deputado estadual Júlio Campos (União), vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, voltou a afirmar que não crê na criação de uma CPI para investigar a atuação da Capital Consig, apontada por sindicatos como responsável por cobranças abusivas e fraudes no empréstimo consignado para servidores públicos do Estado de Mato Grosso.

"NÃO ACREDITO QUE TENHAM AQUI [NA AL] OITO DEPUTADOS COM CORAGEM PARA ASSINAR UMA CPI"

Campos elogiou a iniciativa do Tribunal de Contas do Estado, que instalou uma comissão técnica para apurar as denúncias dos sindicatos de servidores.

Mais de 12 mil servidores teriam sido lesados pela Capital Consig, que não fornece os contratos, cobra por valores não depositados na conta do servidor e se utiliza de empresas não autorizadas pelo governo estadual. 

Júlio Campos destacou que, "se a Secretaria de Planejamento (Seplag) não tinha condições técnicas acompanhar um processo desse nível,  não deveria ter autorizado nenhuma empresa a fazer empréstimos, devia ter utilizado os bancos, como era anteriormente'. 

“É uma grande falha com corrupção. Pode ter falha, mas com participação de alguém interessado. O que vem acontecendo há muito tempo, não é de agora, não é desse governo. Essa empresa já atuou em MT há muitos anos e criou-se um vício. E como não era bem patrulhada, bem fiscalizada, criou-se esse mecanismo de que, lamentavelmente, tira do pobre servidor público”, disse.

“Nós sabemos que tem determinados grupos políticos que têm interesse com empresas credenciadas nesse sentido. Vários bancos, bancos virtuais, estão todos interessados. O melhor pé de pequi que tem hoje em termos de faturamento financeiro é ser credenciado por governo do Estado, por prefeituras municipais, pela Assembleia, pelo Tribunal de Justiça, pelas Câmaras Municipais, para emprestar dinheiro, porque é um dinheiro seguro. Só tem que estabelecer os juros”, acrescentou.

“Eu acho que o Tribunal de Contas vai fazer uma análise técnica. Mas tinha que ter, sim, a polícia civil e também o Ministério Público estadual. Se vocês souberem o rombo que vai aparecer, vocês vão cair para trás”, concluiu.

Segundo o Ministério Público, que instaurou inquérito para apurar o caso, os documentos apontam que, no contexto dos contratos de crédito consignado firmados entre servidores públicos estaduais e a empresa Capital Consig S.A., houve a liberação de valores inferiores aos acordados nas Cédulas de Crédito Bancário (CCB). Além disso, em diversas operações, os valores efetivamente creditados nas contas dos servidores foram inferiores aos estipulados nos contratos, gerando prejuízo financeiro aos consumidores. 

Tardiamente, na última terça-feira (27), o governador Mauro Mendes atendeu os apelos e suspendeu a cobrança dos juros na folha de pagamento dos servidore, por 90 dias.

 
 

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