A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Campo Novo do Parecis, deu apoio à operação
Fake Monsters, deflagrada neste sábado (3.5) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da 21ª Delegacia de Polícia. A operação investiga c
rimes cibernéticos relacionados à incitação ou financiamento de ataques terroristas, à preparação para esses atos e a outros crimes de ódio.
O apoio consistiu no cumprimento de mandado de
busca e apreensão expedido pela Comarca do Rio de Janeiro. O alvo era uma residência localizada no bairro Alvorada, em Campo Novo do Parecis, onde vive um
adolescente de 15 anos, suspeito de ato infracional análogo a crimes cibernéticos, praticados por meio de aplicativos e redes sociais.
Segundo as investigações da polícia carioca, as ações praticadas pelo menor e por outros alvos da operação teriam como foco o
show da cantora Lady Gaga, realizado neste sábado (3.5), no Rio de Janeiro.
Durante a diligência, foram apreendidos um celular iPhone 11, utilizado pelo adolescente para acessar os aplicativos, e a CPU de um computador também de seu uso.
Em seguida, a equipe seguiu até um segundo endereço vinculado ao adolescente, como parte do procedimento de praxe, uma vez que no primeiro local os objetivos da busca foram alcançados.
FAKE MONSTERS
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que:
- Foram identificados envolvidos que recrutavam virtualmente participantes para promover ataques com uso de explosivos improvisados — o plano visava obter notoriedade nas redes sociais.
- A ação contou com a DCAV, DRCI, 19ª DP, além da Core. O alerta do esquema criminoso partiu da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (Ssinte), quando se iniciaram prontamente as investigações.
- Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra alvos no Rio, Niterói, Duque de Caxias e Macaé; além dos estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, com apoio das Polícias Civis locais.
Na ação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé, no estado do Rio; Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso. O trabalho contou com apoio de policiais civis desses estados.
Investigação
Uma investigação identificou que os envolvidos recrutavam pessoas, incluindo adolescentes, para promover ataques integrados com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. O alerta partiu da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil.
O plano era tratado como um desafio coletivo, com o objetivo de obter notoriedade nas redes sociais. Os alvos da operação atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como forma de pertencimento.
Como desdobramento da operação, os agentes policiais também foram a Macaé, norte do estado do Rio, para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um indivíduo que também planejava ataques. Ele
ameaçava matar uma criança ao vivo. O suspeito responde por terrorismo e induzimento ao crime.