A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10/4) a Operação Copia e Cola, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos destinados à saúde.
A investigação teve início no ano de 2022, após suspeitas de
fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde no município de Sorocaba/SP. Também foram identificados atos de
lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.
Mais de 100 policiais federais estão dando cumprimento a
28 mandados de busca e apreensão nas cidades de
Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo e Osasco, todas no estado de São Paulo, além de um mandado de busca e apreensão na cidade de
Vitória da Conquista, na Bahia.
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Também foi determinado o
sequestro de bens e valores em um total de até 20 milhões de reais e a proibição da Organização Social (OS) investigada de contratar com o poder público.
Durante a operação a Polícia Federal apreendeu
R$ 600 mil em dinheiro, armas, e um veículo de luxo.
ALVOS
A PF cumpriu mandados na sede da Prefeitura de Sorocaba e na casa do
prefeito Rodrigo Manga. A sede do partido Republicanos, a Secretaria de Saúde do município, e a casa do ex-secretário da saúde, Vinicius Rodrigues também são alvos de mandados de busca e apreensão.
Além do suposto envolvimento do
ex-secretário Vinicius Rodrigues, está sendo investigada a participação do ex-secretário de Governo e Administração
Fausto Bossolo. O possível envolvimento de uma
igreja e de um empresário que tem uma imobiliária em Sorocaba também é apurado.
Os investigados poderão responder, de acordo com suas condutas individualizadas, pelos
crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.
