A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18/3), nova fase da Operação Sisamnes com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
Segundo as investigações, foi identificada uma
rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis
supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.
Assim, por determinação do Supremo Tribunal Federal, policiais federais cumprem
um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, no Tocantins, além das medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes. Os mandados são assinados pelo ministro do STF Cristiano Zanin.
Alvos
Um dos alvos é um
advogado que atua como assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins (MPTO),
lotado no gabinete de um procurador de justiça. Mandados estão sendo cumpridos na sede do órgão, em Palmas, e nos endereços dos investigados.
Mato Grosso
A investigação
começou em 2023, após a polícia identificar mensagens no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em Mato Grosso. As mensagens tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal.
Nome da operação
O nome da operação faz referência a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.