A Operação EmendaFest, deflagrada nesta quinta-feira (13-2) pela Polícia Federal, cumpriu buscas em 13 endereços residenciais e comerciais, nos nomes de:
- Cliver Andre Fiegenbaum, dono da CAF Intermediações;
- Lino Furtado, chefe de gabinete do deputado Afonso Motta – endereços em Brasília e Rosário do Sul (RS);
- Leandro Diedrich;
- Celcio da Silveira Junior;
- Gilberto Antônio Gobbi;
- Agnaldo Machado Ferreira – endereços residenciais e comerciais;
- Carlos Danilo Wagner – endereços residenciais e comerciais;
- Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS).
"Autorizo de imediato a apreensão de aparelhos celulares e computadores que estejam na residência ou local de trabalho dos investigados (especificados na tabela acima) ou em sua posse, sendo permitido o acesso ao conteúdo dos aparelhos com a preservação da integridade de dados, cadeia de custódia digital e com a utilização de código hash", diz a decisão de Dino.
Flávio Dino também determinou o
afastamento do assessor parlamentar Lino Furtado do gabinete de Afonso Motta, e Cliver Fiegenbaum, do cargo que ocupa na Metroplan, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Rio Grande do Sul.
Os indícios que levaram à operação de hoje são um
CONTRATO DE PROPINA e
CONVERSAS entre o assessor Lino Furtado, com o lobista Cliver Fiegenbaum, em que tratam do pagamento de 'comissão' de emendas parlamentares repassadas para o Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul (RS).
VEJA O CONTRATO
A investigação apontou três notas fiscais emitidas entre 2023 e 2024 pelo Hospital em favor da CAF Representação e Intermediação de Negócios, que somadas totalizam R$ 509,4 mil. Neste período o hospital recebeu R$ 1,07 milhão em emendas.
VEJA A TRANSCRIÇÃO DE MENSAGEM
Não há, até o momento, confirmação e que o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) tivesse conhecimento do pagamento de propina para as emendas por ele destinadas ao Hospital Ana Nery.
O STF apura outros 24 casos de desvio de emendas parlamentares.