A novela que envolve a questão da água em Várzea Grande virou caso de polícia, diante do caos que se encontra a falta de água e a "guerra" dos caminhões pipas com o DAE. A prefeita Flávia Moretti (PL) vem denunciando a sabotagem com os desligamentos de bombas, o que afeta o fornecimento de água para a população.
Flávia Moretti vem atuando
in loco para averiguar e fiscalizar o fornecimento de água, se deparando com equipamentos quebrados, bombas desligadas e destruidas.
Hoje (12/2) a prefeita decretou calamidade pública diante do colapso no abastecimento de água potável na cidade. No decreto, ela sustenta que a medida foi necessária tendo em vista o ‘sucateamento, recorrentes sabotagens e atos de vandalismo’ nas unidades do Departamento de Água e Esgoto (DAE).
“Com esse decreto será possível acelerar o diagnóstico e desenvolver um plano emergencial para desburocratizar as compras e aquisições para restabelecer o funcionamento da água o quanto antes”, declarou a prefeita diante da caótica falta de água na cidade.
Moretti afirma que o sistema hoje está sucateado, com bombas ultrapassadas, redes antigas e infraestrutura precária. “Em pouco mais de 40 dias, a força-tarefa da prefeitura já realizou intervenções emergenciais e colocou a cidade em um novo caminho para resolver essa crise”, diz trecho do comunicado da prefeitura.
Muito estranha a situação. Continuamos, perplexos, vendo isso ocorrer no município de Várzea Grande.
A quem interessa o colapso no abastecimento de água?
Moradores denunciam a existência de uma 'máfia' de fornecimento de água por meio de caminhões-pipa, que lucram milhões de reaisi vendendo água para a população.
"Os pipeiros dominam o mercado local de água na cidade", denuncia uma moradora.
O fato já virou caso de polícia.
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Em Nota, a Prefeitura enumera as medidas já adotadas:
- Segurança reforçada: a Guarda Municipal está protegendo as instalações do DAE para evitar furtos de cabos, sabotagens e vandalismo.
- Limpeza e manutenção: com apoio da Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, áreas de captação e estações de tratamento passam por limpeza e manutenção regular.
- Reparo emergencial de bombas e redes: todas as bombas reservas que estavam quebradas foram enviadas para manutenção hoje, incluindo as da ETA Imigrantes e da ETA Júlio Campos, que reduziram a produção das duas em 50%. Com o conserto, as duas unidades poderão operar novamente em sua capacidade total.
- Suporte da Secretaria de Viação e Obras: instalação de iluminação e câmeras de vigilância para coibir roubos e furtos.
Os efeitos do decreto serão válidos por 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por igual período. A renovação do decreto será mediante relatório técnico e aprovação do Comitê de Gestão de Calamidade Pública do Município.
Com fundamento na
Lei Federal nº 14.133/2021, e sem prejuízo à Lei de Responsabilidade Fiscal, ficam
dispensadas de licitação as aquisições de bens e contratações de obras e serviços necessários para enfrentar a situação de emergência e restabelecer os sistemas de abastecimento de água do Município.
Durante o período de calamidade fica
proibido o uso de água fornecida pelo Município para o abastecimento e reposição de água em piscinas e a lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com uso de mangueiras.