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“É possível não gostar da Constituição, mas é ela que seguimos”, diz Barroso ao rebater críticas ao STF

05/02/2025 - 16:49 | Atualizada em 07/02/2025 - 15:03

Redação

“É possível não gostar da Constituição, mas é ela que seguimos”, diz Barroso ao rebater críticas ao STF

Foto: Reprodução

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, abriu a sessão plenária desta quarta-feira (5) com um discurso firme em resposta às críticas dirigidas ao tribunal. Ele contestou alegações de ativismo judicial e supostos excessos nos gastos do Judiciário, classificando-as como infundadas.

“Não corresponde aos fatos a afirmação reiterada de ser o Supremo um tribunal ativista. Nós interpretamos e aplicamos uma Constituição abrangente, que cuida de uma grande multiplicidade de temas que desaguam no Judiciário, trazidos pelos mais diferentes atores da sociedade brasileira”, declarou Barroso.

O ministro citou decisões recentes do STF, como a exigência de câmeras nas fardas de policiais, a elaboração de um plano para o sistema prisional e a definição da quantidade de drogas que diferencia porte para consumo de tráfico. Segundo ele, todas essas determinações têm base constitucional e visam garantir direitos fundamentais.

“É possível ser contra a demarcação de terras indígenas e a favor de invasores, grileiros, garimpeiros ilegais e dos que extraem ilicitamente madeira. Mas não é o que está na Constituição”, afirmou. Barroso também criticou a indiferença diante da destruição ambiental, reforçando que o papel do STF é assegurar o cumprimento das normas constitucionais.

Ao encerrar, o ministro pontuou que os ataques ao Tribunal decorrem da insatisfação de alguns setores com a própria Constituição. “É possível não gostar da Constituição e do papel que ela reservou para o Supremo Tribunal Federal”, concluiu.

 

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