“Foi feito um boletim de ocorrência e a polícia vai investigar para verificar o que está acontecendo. A população tem direito a água, mas se continuar com vandalismo... Isso é crime. Não é sabotagem só comigo, mas sim com a população”, disse nesta segunda-feira (27) a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL).
O boletim de ocorrência foi registrado depois de atos de vandalismo à rede distribuição do Departamento de Água e Esgoto (DAE) do residencial Santa Barbara entre os dias 16 e 24 de janeiro. Houve desvio de água, destruição de canos usados na distribuição e até cola nos cadeados das estações para impedir a entrada de funcionários.
A quem interessa prejudicar a distribuição de água em Várzea Grande?
Durante a campanha eleitoral
a falta de água dominou a campanha eleitoral no município, cuja população sofre há muitos anos com a precariedade do serviço. A
Operação Gota d'Água, deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) poucos dias antes da eleição municipal, apontou um esquema que movimentou R$ 11,3 milhões. O então vereador Pablo Pereira (União) foi preso, além de ter o mandato suspenso. Segundo a investigação, Pablo temia perder o controle do esquema. Ele é suspeito de ser um dos principais líderes do esquema criminoso, ao lado do diretor comercial do DAE Alessandro Macaúbas Leite de Campos que também foi preso. Pablo estaria usando sua posição para pressionar politicamente e garantir que os interesses do grupo fossem atendidos. Além disso, ele teria utilizado servidores do DAE para fortalecer sua campanha de reeleição, aproveitando a estrutura pública.
A eleição de
Flávia Moretti desagradou muitos que usufruiam vantagens indevidas durante a gestão anterior. Os atos recentes de vandalismo podem ser sinal de que os
descontentes não desceram do palanque e tentam desesperadamente promover ataques indiretos à prefeita. No entanto, os verdadeiros prejudicados são os munícipes.
A investigação policial precisa avançar e identificar quem, como e por quê os atos de vandalismo ocorreram.
