26/01/2025 - 11:32 | Atualizada em 26/01/2025 - 11:43
Redação
Um voo fretado pelo Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira dos EUA (ICE), transportando 88 brasileiros deportados, fez um pouso não programado em Manaus, no Amazonas. A parada aconteceu devido a problemas técnicos no ar condicionado. Durante a inspeção, a Polícia Federal brasileira constatou que eles usavam algemas nos pés e mãos, o que foi considerado pelo governo brasileiro como um “flagrante desrespeito aos direitos dos cidadãos brasileiros”. O destino final dos passageiros seria o Aeroporto de Confins, em Minas Gerais. Entretanto, sob orientação do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, removeram as algemas.
Além disso, o presidente Lula da Silva ordenou que os passageiros fossem para Belo Horizonte em uma aeronave da Força Aérea Brasileira, com o objetivo, segundo o governo, de garantir dignidade e segurança. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil não falou sobre o tratamento aos deportados, apenas informou que os brasileiros agora “estão sob custódia das autoridades brasileiras”. O Itamaraty, por outro lado, classificou o tratamento como “degradante”.
Este episódio ocorreu em um contexto de aumento nas deportações de brasileiros pelos Estados Unidos. Em 2024, deportaram 1.648 brasileiros, um aumento de 33% em relação a 2023, quando 1.240 pessoas foram repatriadas. Esses números referem-se principalmente a indivíduos detidos na fronteira com o México.
A prática de deportar brasileiros em voos fretados tornou-se mais comum a partir de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. Na ocasião, o presidente autorizou a entrada desses aviões no país após uma suspensão que durava desde 2006. Em 2021, os Estados Unidos solicitaram ao Brasil a ampliação da frequência desses voos, aumentando de um para até três por semana.
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