16/01/2025 - 18:19
Redação
O governo federal está finalizando os detalhes do Plano Nacional de Ferrovias, que será anunciado em fevereiro. O projeto prevê a concessão de cerca de 4.700 quilômetros de novas ferrovias, abrangendo regiões do Sudeste, Norte e Nordeste. A expectativa é atrair investimentos de até R$ 100 bilhões, com a União contribuindo com cerca de 20% do valor de cada empreendimento para garantir sua viabilidade econômica.
Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, a repactuação de contratos com empresas como Vale, Rumo e MRS gerou R$ 21,2 bilhões, recursos que serão direcionados para financiar parte das obras e novos traçados. Um dos maiores acordos foi firmado com a Vale, gerando R$ 17 bilhões.
O pacote inclui cinco grandes projetos. Na Ferrovia Norte-Sul, será concedido o trecho de Açailândia (MA) até o porto de Vila do Conde (PA), somando 477 quilômetros. Já a Transnordestina terá 600 quilômetros adicionais, ligando Eliseu Martins (PI) a Estreito (MA), conectando-se à Norte-Sul.
Outro projeto estratégico é a concessão integrada das ferrovias Fico (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) e Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste). Com 2.400 quilômetros, a malha conecta Lucas do Rio Verde (MT) a Ilhéus (BA), passando por Goiás e Bahia. Cerca de 400 quilômetros já estão concluídos.
Anel ferroviário ligará Vitória (ES) a Itaboraí (RJ)
Na região Sudeste, o Anel Ferroviário prevê 300 quilômetros para interligar Vitória (ES) a Itaboraí (RJ), conectando a malha da Vale à rede da MRS. O plano também inclui a Ferrogrão, com 933 quilômetros entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), destinada ao escoamento do agronegócio. No entanto, o projeto enfrenta entraves ambientais e depende de aval do Supremo Tribunal Federal.
Além das concessões, o governo planeja reativar 11,1 mil quilômetros de ferrovias abandonadas, que representam 36% da malha nacional. A ideia é devolver trechos às concessionárias, mediante indenizações, para atrair novos interessados.
O governo também pretende revisar o modelo de autorizações ferroviárias, priorizando trechos de menor extensão e aumentando a competitividade do setor. Após realizar nove concessões rodoviárias e 18 leilões de terminais portuários em 2023 e 2024, totalizando R$ 71 bilhões em investimentos, o governo busca agora avançar no modal ferroviário, onde nenhuma nova concessão foi realizada nos últimos anos.
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