De acordo com os dados divulgados no início de dezembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Instituto Centro de Vida (ICV), Mato Grosso
DESMATOU ILEGALMENTE 170 mil hectares no período compreendido de julho de 2023 a julho de 2024.
Segundo o Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, a principal forma de desmatamento é a
DEGRADAÇÃO PROGRESSIVA PELO FOGO.
"Isso mostra que há o maior desmatamento nas áreas de transição desses biomas: Cerrado e Amazônia. As pessoas querem limpar essas áreas por ser o cinturão de produção de grãos de Mato Grosso”, disse o coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinicius Silgueiro.
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Segundo o ICV, o
'tratoraço normativo' encabeçado pelo Executivo e Legislativo ameaçam o cumprimento das metas ambientais estabelecidas pelo Estado. A Lei 12.709/2024 (contra a moratória da soja) e projetos que alteram as áreas de cerrado e floresta podem abrir espaço para aumentar o desmatamento adicional de 5 milhões de hectares, inclusive ameaçando a nascente do Rio Paraguai e Pantanal.
MORATÓRIA DA SOJA
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"Já está nítido que a regularização ambiental e o monitoramento e fiscalização não têm sido suficientes para erradicar a ilegalidade do desmatamento no estado. Para além dos embargos e multas, o governo de Mato Grosso tem que empreender esforços e inteligência para combater e acabar com a lógica econômica que aparentemente vigora, de que o desmatamento compensa, de que supostamente basta o infrator entrar com mandados judiciais e conciliações que se dá um jeito de seguir usando a área que foi objeto de crime ambiental. São necessárias medidas e ações fortes que combatam esse modus operandi", alerta Vinicius Silgueiro.