O empresário conhecido como 'Rei do Lixo', José Marcos de Moura, é alvo da Operação Overclean. Ele é filiado no União Brasil e estendeu sua atuação os estados da Bahia, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Pernambuco e Amapá.
A Operação Overclean foi deflagrada no último dia 10. Na ocasião a Polícia Federal apreendeu documentos e planilhas no avião do empresário, interceptado em Brasília. Nele foram encontrados R$ 1,5 milhão em espécie, além de planilhas contendo a lista dos estados, municípios, nomes e valores, contratos e os nomes das empresas contratadas.
Dinheiro apreendido pela PF no avião
José Marcos de Moura está preso. Ele integra a Executiva Nacional e o diretório do União Brasil e é sócio da irmã do ex-prefeito de Salvador ACM Neto em um avião e é íntimo do atual presidente da sigla, Antônio Rueda.
Segundo a investigação da Polícia Federal, ele é
operador de um esquema que teria desviado dinheiro de emendas parlamentares destinadas ao Dnocs - Departamento Nacional de Obras Contra a Seca e as prefeituras, com licitações fraudulentas e superfaturadas.
Um dos políticos na mira da PF é o senador do Amapá
Davi Alcolumbre. A PF encontrou mensagens de sua chefe de gabinete, Ana Paula Magalhães, com investigados, ajudando a liberar emenda de R$ 14 milhões para uma licitação em Juazeiro (BA). A empresa beneficiada é a Allpha Pavimentações, ligada ao esquema.
Já se fala que o esquema resultará em uma NOVA LAVA JATO
As empresa envolvidas no esquema prestam
serviços de coleta de lixo, obras, dedetização e fornecimento de MATERIAL ESCOLAR.
A Controlodaria-Geral da União (CGU) descobriu o esquema durante fiscalização do uso de emendas parlamentares e encaminhou as informações à PF.
A investigação em curso na Polícia Federal pode revelar esquemas nada republicanos nos 17 estados relacionados nas planilhas, inclusive em
MATO GROSSO. Já se fala que o esquema resultará em uma
'NOVA LAVA JATO'.
CGU
De acordo com informações da CGU, as investigações apontam que a organização criminosa direcionava recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais. O esquema envolvia superfaturamento em obras e desvios de recursos, facilitados por interlocutores que manipulavam a liberação de verbas para projetos previamente selecionados.
A atuação do grupo era estruturada em
operadores centrais e regionais que cooptavam servidores públicos para obter vantagens ilícitas, tanto no direcionamento quanto na execução de contratos. Após a celebração dos contratos fraudulentos, as empresas envolvidas
superfaturavam valores e aplicavam sobrepreços, repassando propinas por meio de empresas de fachada ou métodos que ocultavam a origem dos recursos.
A
lavagem de dinheiro era realizada de forma sofisticada, incluindo o uso de:
Empresas de fachada controladas por “laranjas”, utilizadas para movimentar os valores ilícitos.
Empresas com grande fluxo de dinheiro em espécie, que mascaravam a origem dos recursos desviados.
Valores e Impacto
Durante o período investigado, a organização movimentou aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Apenas em 2024, celebrou contratos no valor de R$ 825 milhões com diversos órgãos públicos.
Até o momento, a CGU identificou um superfaturamento parcial de mais de 8 milhões nos processos analisados em contratação de obras com o DNOCS.