O mais recente depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, complicou a situação do general da reserva Braga Netto, preso hoje (14-12).
No depoimento tomado pelo ministro Alexandre de Moraes, Mauro Cid apontou Braga Netto como o coordenador do movimento golpista, tinha contato direto com militares de alto escalão e, inclusive, financiou atividades golpistas dos Kid Pretos com dinheiro entregue em caixa de vinho. O dinheiro financiou o plano denominado 'Punhal Verde e Amarelo'.
Segundo Mauro Cid, Braga Netto coagiu a ele e seu pai, Lourena Cid:
"Por fim, a busca realizada na sede do Partido Liberal encontrou um documento, que descreve perguntas e respostas relacionadas ao acordo de colaboração premiada firmado por MAURO CESAR CID com a Polícia Federal. O conteúdo indica se tratar de respostas dadas por MAURO CID a questionamentos feitos por alguém, possivelmente relacionado ao general BRAGA NETTO, que aparenta preocupação sobre temas identificados pela Polícia Federal relacionados à tentativa de golpe de Estado, evidenciando que o grupo criminoso praticou atos concretos para ter acesso ao conteúdo do Acordo de colaboração firmado por MAURO CESAR CID com a Polícia Federal. Ademais, outros elementos de prova demonstram que BRAGA NETTO buscou, por meio dos genitores de MAURO CID, informações sobre o acordo de colaboração.", diz trecho da delação de Cid à Polícia Federal.
O assessor direto de Braga Netto, coronel Flávio Peregrino, alvo de mandado de busca e apreensão neste sábado (14), era o elo entre o general e outros integrantes da rede de apoio do golpe. A PF chegou a esta conclusão a partir de documentos encontrados com Peregrino.
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