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AGRO DE MATO GROSSO depende das chuvas originadas por FLORESTAS INDÍGENAS

QUESTÕES AMBIENTAIS

05/12/2024 - 17:15 | Atualizada em 06/12/2024 - 11:55

Cícero Henrique

AGRO DE MATO GROSSO depende das chuvas originadas por FLORESTAS INDÍGENAS

Foto: Lucas Lima/ISA

É essencial a conexão entre a preservação das terras indígenas na Amazônia e a sustentabilidade climática e econômica do Brasil, especialmente no setor agropecuário. O estudo mencionado revela que até 80% da chuva que irriga lavouras e pastagens no país depende das chamadas “rios voadores” originados nas florestas preservadas dessas terras, reforçando a relevância das comunidades indígenas na manutenção do ciclo hídrico.

A pesquisa quantifica pela primeira vez a contribuição específica das terras indígenas para a formação dos "rios voadores". Estados como Paraná, Mato Grosso do Sul e Acre são fortemente beneficiados, com até 25% de sua precipitação ligada a essas áreas.

A destruição dessas florestas comprometeria diretamente a produção agrícola e a economia, dado que 57% da renda do agronegócio provém de regiões dependentes dessas chuvas.

O déficit hídrico médio de 37% nas áreas agrícolas entre 2013 e 2017 já evidencia os efeitos do desmatamento e da mudança climática.

Mais desmatamento pode agravar a crise, ameaçando a segurança alimentar e econômica do Brasil.

Conflito de interesses no uso das terras indígenas:

Apesar da importância ecológica e econômica dessas terras, setores do agronegócio e do Congresso pressionam para abrir áreas indígenas à exploração econômica, desconsiderando os prejuízos a longo prazo.
A tentativa de incorporar a tese do marco temporal à Constituição intensifica os desafios para os povos indígenas e a conservação ambiental.

A Apib e outras organizações rejeitam conciliações que comprometam direitos constitucionais dos povos originários, enfatizando sua contribuição para a preservação dos biomas e o combate à crise climática.
Dados da ONU reforçam que as terras indígenas são cruciais para a proteção da biodiversidade global.

A preservação das terras indígenas é estratégica para o Brasil, não apenas como política de justiça social e reconhecimento de direitos, mas também como pilar de sustentabilidade ambiental e econômica. A tentativa de enfraquecer a proteção dessas áreas ameaça não apenas os povos originários, mas todo o equilíbrio climático e a viabilidade econômica do agronegócio, um dos setores mais importantes do país.

https://piaui.folha.uol.com.br/80-do-agro-brasileiro-depende-da-chuva-gerada-pelas-terras-indigenas-da-amazonia/

https://www.socioambiental.org/noticias-socioambientais/chuvas-das-terras-indigenas-da-amazonia-contribuem-para-57-da-renda


 

 

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