Para jornalistas o governador Mauro Mendes criticou a atuação do Sintep, que diz não reconhecer os avanços da educação na sua gestão.
Alguns professores ouvidos pela reportagem sugeriram que o governador Mauro Mendes deve sofrer de Transtorno Dissociativo de Identidade, ao insistir na tecla que tudo está bem na educação em Mato Grosso.
O relato de Pedro e Maria da Penha ilustra os desafios enfrentados por estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) diante de políticas públicas que não priorizam a inclusão educacional. O fechamento da Escola Estadual Tancredo Neves, em Cuiabá, ameaça interromper o direito à educação de trabalhadores e idosos, reforçando desigualdades históricas e negligências sociais.
Exclusão Educacional: A centralização das turmas da EJA em uma única unidade no centro da cidade dificulta o acesso de alunos que enfrentam limitações financeiras, logísticas e de segurança, como exemplificado por Maria da Penha e Pedro.
Analfabetismo: A diminuição de espaços educacionais contrasta com a necessidade de reduzir índices de analfabetismo, fundamentais para a inclusão social e econômica.
Precarização do Ensino: Em vez de expandir escolas e oferecer oportunidades em regiões vulneráveis, a política pública direciona a educação para uma visão economicista, negligenciando o impacto social e humano.
A EJA representa mais do que o acesso à alfabetização; é um caminho para a dignidade, autonomia e melhoria das condições de vida. Histórias como a de Pedro e Maria mostram como esse tipo de educação contribui para o fortalecimento da cidadania.
Mobilização Social: A articulação entre comunidade, sindicatos e movimentos sociais pode pressionar por políticas educacionais que valorizem a EJA.
Incentivo à Educação Regionalizada: A manutenção e a expansão de escolas próximas às comunidades fortalecem o acesso e a permanência dos estudantes.
Prioridade no Orçamento: Investir na EJA é investir no desenvolvimento humano e na redução de desigualdades.
A luta de Pedro e Maria da Penha é também a luta pela garantia de um direito constitucional: a educação. É essencial que sociedade e governo se unam para preservar e ampliar esses espaços que promovem a transformação social.
DESMONTE PEDAGÓGICO
O cenário descrito em Mato Grosso revela um conjunto de ações e políticas públicas que têm suscitado críticas severas de especialistas e organizações ligadas à educação. O fechamento de cerca de 140 escolas estaduais em um período de crescimento populacional, associado à redução expressiva no número de matrículas, especialmente no Ensino Médio, demonstra um desalinhamento entre a expansão das demandas educacionais e as decisões de gestão pública.
Embora a queda na taxa de evasão escolar seja um dado positivo, ela não parece compensar as dificuldades enfrentadas pelo sistema como um todo. A diminuição das matrículas e a concentração de estudantes em menos unidades escolares criam sobrecarga para profissionais, além de afetar diretamente a qualidade do ensino.
A diminuição de 13% nas matrículas do Ensino Médio, etapa diretamente gerida pelo estado, reflete uma política educacional que prioriza cortes orçamentários em detrimento de estratégias para ampliação do acesso.
A visão do Sintep-MT aponta para uma gestão com enfoque "fiscalista e economicista", que desconsidera as especificidades do processo pedagógico e os impactos sociais do fechamento de escolas, incluindo a inviabilização de turnos noturnos e turmas da EJA.
O cenário de precarização é agravado pel
a redução de quadros funcionais nas escolas, gerando sobrecarga de trabalho. A média de 255 estudantes para cada trabalhador de apoio administrativo é alarmante, pois compromete tanto a qualidade do atendimento quanto a saúde dos trabalhadores.
A crítica de que as
escolas estão sendo geridas sob uma lógica empresarial suscita debates mais amplos sobre o papel do estado na garantia de educação pública de qualidade. A suposta "padronização" do ensino e a perda da liberdade de cátedra são sinais de preocupação.
Este cenário exige uma reavaliação urgente das políticas educacionais em Mato Grosso. Embora a otimização de recursos seja necessária, ela não pode se sobrepor ao direito constitucional de acesso à educação pública de qualidade. A desvalorização dos profissionais da educação e o fechamento de escolas podem comprometer o futuro de uma geração inteira, além de ampliar desigualdades sociais.
O debate deve envolver a sociedade civil, organizações educacionais e o governo, buscando soluções que considerem o crescimento populacional, as demandas específicas da educação em áreas urbanas e rurais, e os princípios fundamentais de equidade e qualidade na educação. (Com informações do Sintep-MT)
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