28/11/2024 - 15:07 | Atualizada em 29/11/2024 - 13:45
Cícero Henrique
As informações destacam um aspecto peculiar da comunicação entre os militares investigados por envolvimento em planos antidemocráticos e atos golpistas: o uso de figurinhas e memes no WhatsApp como forma de expressão e ataque. Essas imagens editadas ou acompanhadas de frases emblemáticas revelam não apenas o teor das conversas, mas também uma tentativa de debochar ou intensificar a hostilidade contra alvos como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Principais destaques das mensagens:
Figurinhas de Alexandre de Moraes: A edição das imagens do ministro do STF, como no caso citado com uma "caricatura fálica", era usada para ridicularizá-lo e simbolizar a oposição dos envolvidos às suas ações e decisões no tribunal.
Referências culturais: Em outro momento, o general Braga Netto fez uso de uma analogia ao personagem "Batista", da Escolinha do Professor Raimundo, para atacar o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, que havia se recusado a apoiar planos golpistas. A referência busca caricaturar o comandante como um suposto "traidor" e "comunista", reforçando a retórica de desmoralização.
Ordens explícitas de intimidação: Mensagens como “Senta o pau no Batista Junior (...) Inferniza a vida dele e da família” mostram como o tom das conversas extrapolava o deboche, incitando hostilidade direta e até perseguição.
Esses detalhes são parte de um relatório da Polícia Federal que traz novas evidências sobre a articulação de um golpe de Estado. O uso de figurinhas, aparentemente inofensivo em outros contextos, aqui se revela como uma ferramenta simbólica para amplificar discursos de ódio e conspiratórios. Isso também reforça a forma como as redes sociais e aplicativos de mensagens têm sido instrumentalizados para práticas antidemocráticas e campanhas de desinformação.
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