Uma conversa obtida pela Polícia Federal entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e o general Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, no dia 12 de dezembro de 2022, mostra que um golpe de Estado foi planejado, com data para ocorrer; teria que ser realizado até o dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da república.
O general da reserva Mario Fernandes recebeu um áudio do general-de-brigada da reserva Roberto Criscuoli, em 29 de novembro de 2022, discutindo abertamente a possibilidade de uma “guerra civil”.
“Se nós não tomarmos a rede agora, depois eu acho que vai ser pior. Na realidade vai ser guerra civil agora ou guerra civil depois. Só que a guerra civil agora tem um significativo, o povo tá na rua, nós temos aquele apoio maciço. Daqui a pouco nós vamos entrar numa guerra civil, porque daqui a alguns meses esse cara vai destruir o Exército, vai destruir tudo”, disse Criscuoli.
Os dois conversaram também sobre os manifestantes que estavam nas ruas e falaram em inflamar a massa, criar “um clamor popular”, que terminou com radicais, golpistas e criminosos invadindo e depredando o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
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