Quarta-feira, 26 de março de 2025
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Agente da PF preso na Operação Contragolpe fazia a segurança de Lula

Agente repassou informações sobre a segurança de Lula para pessoas próximas a Jair Bolsonaro; homicídio seria por envenenamento ou produto químico

19/11/2024 - 12:34 | Atualizada em 20/11/2024 - 18:08

Cícero Henrique

Agente da PF preso na Operação Contragolpe fazia a segurança de Lula

Foto: Reprodução

A pedido da Polícia Federal (PF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes (foto), relator do caso na Corte, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes; e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Também foi autorizada a prisão preventiva do policial Wladimir Matos Soares. Eles foram presos nesta terça-feira (19) na operação Contragolpe.

A investigação apurou que o agente federal Wladimir Matos Soares teria auxiliado o núcleo militar, “fornecendo informações que pudessem de alguma forma subsidiar as ações que seriam desencadeadas”. O planejamento teve seu auge a partir de novembro de 2022 e avançou até dezembro do mesmo ano, em uma operação denominada pelos investigados de Copa 2022.

Segundo o ministro, o agente federal Wladimir Matos Soares, que participou da segurança do então presidente eleito Lula da Silva no período que antecedeu a posse, atuou na parte do planejamento operacional que previa o assassinato do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

“Com nítido desprendimento das consequências nocivas em torno da conduta, forneceu informações do aparato que, à época, estava mobilizado para assegurar a vida e integridade física do presidente eleito, indicando a extensão e capacidade de segurança”, pontuou o ministro Alexandre de Moraes na decisão que autorizou a prisão de cinco pessoas na operação denominada Contragolpe.

“Os elementos de prova revelam que o Agente de Polícia Federal WLADIMIR SOARES atuou em unidade de desígnios com a organização criminosa, que tentou consumar um golpe de Estado, fornecendo informações que pudessem de alguma forma subsidiar as ações que seriam desencadeadas, caso o Decreto de golpe de Estado fosse assinado, especialmente relacionadas ao então candidato eleito LUIS INÁCIO LULA DA SILVA. No caso, conforme exposto, o planejamento operacional denominado ‘Punhal verde amarelo’ tinha como uma das possibilidades assassinar o então candidato eleito LULA por envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico. ... Desta forma, o investigado, aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, repassou informações relacionadas a estrutura de segurança do presidente LULA para pessoas próximas ao então presidente JAIR BOLSONARO aderindo de forma direta ao intento golpista”, diz trecho da decisão.

 

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