Com um custo médio de R$ 816,45, a cesta básica de Cuiabá atingiu o maior valor histórico na segunda semana de novembro.
O levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) revelou um
aumento nominal de R$ 17,92 em relação à semana anterior, o que representa uma alta de 2,25%. Esse é o sétimo aumento semanal consecutivo. Em comparação com o mesmo período de 2023, a cesta básica está 9,54% mais cara, quando o valor era de R$ 745,36.
“A última vez que o preço da cesta básica alcançou um valor tão elevado foi na terceira semana de junho deste ano, quando passou de R$ 813,00. Ultrapassar a marca de R$ 800,00 tem um impacto significativo nas finanças das famílias”, afirma José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT.
A alta de preços registrada na semana foi impulsionada, principalmente, pelo aumento expressivo de 30,18% no valor da
batata, que passou a custar R$ 9,21/kg. Esse aumento reflete as chuvas intensas que afetaram as regiões produtoras, prejudicando o cultivo do produto.
Outro item que teve alta foi a
carne, com o preço do quilo atingindo o valor recorde de R$ 42,00, o maior já registrado na série histórica do IPF-MT. O aumento da carne pode estar relacionado à valorização do dólar e ao crescimento das exportações do produto.
Wenceslau Júnior destaca que o aumento contínuo no preço da carne, especialmente neste período do ano, afeta principalmente as famílias de baixa renda. “O aumento constante nos preços da carne pode reduzir o consumo de carne vermelha nas festas de fim de ano e prejudicar as comemorações”, alerta.
O preço do
óleo de soja também continuou sua escalada, registrando um aumento consecutivo pelo sexto mês. O litro do óleo atingiu R$ 8,77, o maior valor histórico do ano, segundo o IPF-MT. Esse aumento está relacionado à maior demanda pelo produto, o que contribuiu para uma elevação de 22% no preço do óleo de soja em comparação com o ano passado.
Cesta básica nas capitais
O levantamento realizado pelo DIEESE abrange 17 capitais e não inclui Cuiabá. Em outubro, a cesta mais cara no levantamento do DIEESE foi a de São Paulo.
- São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 805,84),
- Florianópolis (R$ 796,94),
- Porto Alegre (R$ 774,32) e
- Rio de Janeiro (R$ 773,70).
- Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 519,31), Recife (R$ 548,19) e Salvador (R$ 560,65).
