16/11/2024 - 13:24 | Atualizada em 16/11/2024 - 13:32
Redação
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, reagiu de forma contundente às recentes declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que se posicionou contra o fim da jornada de trabalho 6×1. A líder petista não poupou críticas e classificou as falas do economista como uma “cara de pau”, reforçando que Campos Neto estaria alheio à realidade dos trabalhadores brasileiros.
O debate sobre a escala 6×1 ganhou destaque após declarações de Campos Neto sugerindo que a medida poderia prejudicar os trabalhadores. Segundo o presidente do Banco Central, o fim do modelo poderia comprometer a produtividade e a economia de setores dependentes da escala. Porém, Gleisi rechaçou essa posição, afirmando que o argumento demonstra um desconhecimento das dificuldades enfrentadas por quem depende desse regime.
“Que Roberto Campos Neto não entende nada sobre a vida e as necessidades de quem trabalha pra ganhar a vida num país com as maiores taxas de juros do mundo, isso não é novidade pra ninguém. Mas dizer que o fim da jornada 6×1 vai prejudicar os trabalhadores é muita cara de pau”, escreveu a deputada em suas redes sociais.
Para Gleisi, as declarações de Campos Neto deixam claro o alinhamento do economista com interesses contrários aos trabalhadores. Ela enfatizou que o Banco Central, sob sua gestão, não tem se mostrado comprometido com a classe trabalhadora ou com o Brasil. “A declaração serve, pelo menos, para deixar bem claro de que lado ele está, e não é o lado dos trabalhadores nem o do Brasil”, completou.
O fim da escala 6×1 faz parte de uma agenda que busca flexibilizar as relações trabalhistas, proporcionando mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. No entanto, críticos apontam para possíveis impactos em setores que operam continuamente, como comércio e serviços.
A troca de farpas entre Gleisi e Campos Neto reflete um momento de crescente polarização no debate econômico e trabalhista no Brasil. Enquanto o governo federal tenta emplacar medidas voltadas à valorização do trabalhador, parte do mercado financeiro manifesta resistência, alegando riscos para a competitividade e a produtividade.
A discussão promete seguir em evidência, especialmente em um cenário onde reformas e mudanças no mundo do trabalho continuam a ser pautas prioritárias.
O debate ganha mais dramaticidade com a proximidade do fim do mandato de Campos Neto, o que exigirá do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, mais assertividade em relação às pautas do governo do presidente Lula (PT), que o indicou para o cargo.
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