O governo faz um estica-e-puxa danado para decidir cortes no orçamento, que vão atingir ministérios diversos, inclusive da área social, e a gente vê que nada menos do que R$ 97,7 bilhões foram gastos de janeiro a agosto em incentivos fiscais para empresas. Alguns são justos, mas é óbvio que tem muito a enxugar aí. Quando é que vão tomar coragem de botar a mão nisso??

O aguardado “pacote” de medidas de contenção de despesas vai afetar justamente os menos favorecidos.

O pacote tem sido objeto de longa discussão entre integrantes das áreas econômica e política do governo. Nos bastidores, são apontados como possíveis caminhos mudanças nas regras de benefícios como o seguro-desemprego e o abono salarial (espécie de 14º salário pago a profissionais com carteira assinada e renda de até dois salários mínimos, ou R$ R$ 2.824,00).

Também estão na lista mudanças em programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), além de desvinculações das regras de reajuste em relação ao salário mínimo — sobre o qual também é discutida a imposição de um limite de crescimento. Nos últimos dias, também ganhou espaço a possibilidade da imposição de um teto para o crescimento do salário mínimo, compatível aos limites do arcabouço fiscal (até 2,5% reais por ano), e da inclusão de mudanças na previdência dos militares.

Resumindo: os pobres que vão pagar essa conta salgada