Não é de hoje que o Sintep denuncia o caos na educação com o governador Mauro Mendes(União Brasil).  

A decisão da Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) de transferir os estudantes do ensino médio da Escola Estadual Ernandy Mauricio Baracat, em Várzea Grande, tem gerado grande insatisfação entre servidores da educação, pais e alunos. Na última segunda-feira (11 de novembro), a comunidade escolar protestou contra a mudança, argumentando que foram enganados pelo secretário Alan Porto, que, durante a inauguração da escola em maio de 2023, garantiu que a unidade atenderia os 600 alunos previstos, incluindo o ensino médio.

A escola, originalmente localizada no Parque do Lago, foi transferida para um novo endereço com o compromisso de atender estudantes a partir do 5º ano do ensino fundamental. No entanto, a recente decisão de remover o ensino médio gerou indignação, especialmente porque também já não são oferecidos os anos iniciais e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A comunidade argumenta que a transferência dos alunos do 1º e 2º anos do ensino médio para a Escola Estadual Elizabeth Maria Bastos Mineiros, no bairro São Mateus, representará um risco para os alunos, uma vez que a unidade está localizada próxima à Rodovia dos Imigrantes, onde há maior possibilidade de acidentes. Além disso, o deslocamento causaria transtornos, especialmente para famílias que não têm fácil acesso à nova escola.

Maria Aparecida Cortez, representante do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep/VG), criticou a forma unilateral da decisão, que não foi discutida com a comunidade escolar. O sindicato pretende formalizar uma denúncia ao Ministério Público contra a medida da Seduc-MT, argumentando que a decisão de alocar vagas do ensino médio para alunos do ensino fundamental, vindos da rede municipal, foi feita sem diálogo.

Essa situação reflete um problema maior de comunicação e falta de transparência entre as autoridades estaduais e a comunidade escolar, causando insegurança e descontentamento.

Outro Lado

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação mas não obteve retorno. Insistimos com a Secretaria de Comunicação, Laice Souza, que também foi omissa na resposta.