04/11/2024 - 17:59 | Atualizada em 05/11/2024 - 08:29
Redação
O prestigiado jornal americano The New York Times lançou um alerta preocupante sobre o cenário político dos Estados Unidos à véspera da eleição presidencial. De acordo com a publicação, há uma expectativa de ações violentas no dia da votação [amanhã, terça-feira, dia 5] e nos dias subsequentes, fomentadas por grupos de direita que utilizam o Telegram para se organizar.
Esses grupos, alinhados ao ex-presidente Donald Trump, estão convocando seguidores para monitorar as urnas e “defender seus direitos”, especialmente em áreas com predominância de eleitores democratas. Mensagens compartilhadas nessas redes sociais sugerem uma predisposição para contestar os resultados eleitorais e até incitar a revolta caso o desfecho não seja favorável a Trump.
Uma das mensagens mais alarmantes veio de um capítulo de Ohio dos Proud Boys, organização de extrema direita que teve papel significativo no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Eles declararam: “O dia está se aproximando rapidamente quando ficar em cima do muro não será mais possível. Vocês ficarão com a resistência ou se ajoelharão e aceitarão de bom grado o jugo da tirania e da opressão.”
O Telegram, por sua moderação mínima, tornou-se um ambiente propício para a disseminação de teorias da conspiração e coordenação de ações no mundo real. Uma análise do The New York Times revelou mais de um milhão de mensagens em cerca de 50 canais com meio milhão de membros, evidenciando um movimento interconectado destinado a questionar a credibilidade do processo eleitoral, interferir na votação e potencialmente contestar os resultados.
Esses grupos autodenominados de “integridade eleitoral” têm incentivado seus membros a participarem de reuniões locais, protestos e a realizarem doações financeiras para apoiar a causa. Além disso, há um aumento na retórica que estimula os seguidores a se prepararem para possíveis confrontos, transferindo a linguagem extremista das redes sociais para ações no mundo físico.
A preocupação é que esse clima de tensão possa resultar em tumultos semelhantes ou até mais graves do que os ocorridos em janeiro de 2021. A possível instabilidade pós-eleitoral nos Estados Unidos não apenas ameaça a democracia americana, mas também pode ter repercussões globais, dado o papel central do país no cenário internacional.
De acordo com a publicação, é imperativo que as autoridades estejam atentas a esses movimentos e tomem medidas preventivas para garantir a segurança e a integridade do processo eleitoral.
Por outro lado, a sociedade internacional observa com apreensão, na esperança de que os princípios democráticos prevaleçam e que eventuais divergências sejam resolvidas de forma pacífica e dentro da legalidade.
A democracia americana enfrenta um de seus maiores desafios contemporâneos. Cabe aos cidadãos, instituições e líderes políticos assegurarem que o respeito às normas democráticas seja mantido, evitando que a polarização se transforme em conflito aberto. O mundo aguarda, atento, os desdobramentos desta eleição que promete ser um divisor de águas na história dos Estados Unidos.
No Brasil, a torcida também está polarizada em relação à eleição de amanhã. O presidente Lula manifestou sua simpatia pela vice-presidente Kamala Harris, enquando o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de enviar uma comitiva para acompanhar o pleito americano, publicou vídeo de apoio a Trump.
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