Quarta-feira, 30 de abril de 2025
informe o texto

Notícias | Executivo

Exército indicia três coronéis como autores da carta golpista

GOLPISTAS NA CADEIA

02/11/2024 - 10:22 | Atualizada em 03/11/2024 - 11:33

Cícero Henrique

Exército indicia três coronéis como autores da carta golpista

Foto: Reprodução

O Exército Brasileiro concluiu um Inquérito Policial Militar (IPM) e indiciou três dos quatro coronéis envolvidos na elaboração de uma carta golpista em 2022. A carta pressionava a instituição militar a impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito democraticamente. O coronel Anderson Lima de Moura, da ativa, e os coronéis da reserva Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso foram indiciados sob acusações de incitação à indisciplina militar, crime previsto no Código Penal Militar, com penas de dois a quatro anos de reclusão. Eles também responderão por "crítica indevida", punível com dois meses de detenção.

Outro coronel envolvido, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, obteve uma liminar que suspendeu parte dos atos da sindicância que apurava o caso.

Segundo a sindicância, 37 militares participaram do episódio da carta, sendo que quatro a escreveram e 33 a assinaram. O inquérito, instaurado a mando do atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, investigou 46 oficiais que participaram do documento, que visava pressionar o então comandante da instituição, general Freire Gomes, para aderir ao golpe. Gomes confirmou, em depoimento à Polícia Federal, ter sido pressionado e ordenou investigações para identificar e responsabilizar os envolvidos.

O documento, chamado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, foi encontrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O conteúdo da carta enfatizava a necessidade de "pacificação política, econômica e social" e a preservação da ordem, alegando o dever dos poderes e instituições da União de assumirem seus papéis constitucionais.

Agora, cabe à 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília analisar o inquérito e decidir se apresentará denúncias contra os três coronéis indiciados. O Ministério Público Militar também pode solicitar novas diligências antes de avançar com o processo.

 

 

Informe seu email e receba notícias!

Sitevip Internet