28/10/2024 - 12:53 | Atualizada em 28/10/2024 - 13:16
Cícero Henrique
O resultado das urnas deste outubro nada vermelho, no Mato Grosso, serve de principal parâmetro para os deputados estaduais e deputados federais medirem suas possibilidades para 2026. Eles precisam do apoio dos novos prefeitos e vereadores para garantir a própria reeleição em 2026 ou terão de redimensionar seus projetos políticos.
Muitos deles passaram as últimas semanas fazendo contas e queimando as pestanas para decidir que rumo tomar. No perde e ganha de bases municipais que asseguram votos essenciais para a reeleição, alguns deputados – talvez muitos – começam a refazer seus planos para daqui a dois anos.
Uma decisão difícil a ser tomada é se vale a pena permanecer no atual partido. O União Brasil do governador Mauro Mendes, por exemplo, com uma maioria de deputados na base, tornou-se um partido “pesado” para reeleição.
O PSD saiu enfraquecido, elegendo apenas 2 prefeito, ainda que o partido consiga alinhavar uma ampla coligação com siglas menores que forneçam os “legendeiros” para as eleições estaduais, circunstância que decorre das características do sistema eleitoral proporcional, em que os candidatos eleitos se beneficiam das votações de seus partidos ou coligações, e não apenas de seus próprios votos.
Há deputados considerando a hipótese de mudança de sigla (para muitos, essa é a única forma de sobrevivência política) e não será surpresa se na próxima “janela” de desfiliações houver movimentação atípica, acima do comum.
Partidos fortalecidos nas eleições em Mato Grosso foram o União Brasil(60 prefeito), PL(21 prefeitos), MDB(18), PSB(15) e Republicanos 12). PP e PRD(4 prefeitos cada um), PSDB3 prefeitos), Novo e Podemos(um prefeito cada).Isso refletirá nas eleições de 2026.
A partir do dia 1º de janeiro esses deputados vão ter de lidar com uma nova realidade: eles serão os representantes de um número menor de municípios na Assembleia, o que significa menos influência no Palácio Paiaguás e, consequentemente, menos votos.
Os alquimistas do do Palácio Paiaguás já demonstraram sua habilidade na intermediação das relações políticas e institucionais entre deputados e prefeitos. Mas até para eles há limites no manejo das ambições políticas de aliados e correligionários.
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