A vereadora Maysa Leão (Republicanos), repudiou as falas do seu correligionário, o deputado estadual suplente Hugo Garcia, em entrevista concedida à Rádio Cultura FM desta segunda (23). 

O parlamentar - que foi manchete nos jornais neste final de semana por ser preso por dirigir com sinais de embriaguez e solto, logo após pagar fiança - declarou durante o programa que as mulheres usam medida protetiva para ‘extorquir’ os ex-companheiros.

“Fala grassivima, misógina e machista que desqualifica a mulher com quem foi casado por  21 anos e teve dois filhos. Em um dos estados mais violentos contra mulheres, e que mais mata mulheres por serem mulheres, este tipo de fala não pode ser tolerada”, declarou a parlamentar em Plenário.

Maysa, que abriu mão da sua suplência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), para que Hugo Garcia pudesse tomar posse, revelou que não sabia que o Deputado respondia pela Lei Maria da Penha.

“Se soubesse desse caso,  jamais teria permitido porque não faz parte do decoro de um parlamentar estar respondendo à lei Maria da Penha”, pontuou Maysa. 

Sobre o episódio da prisão, a vereadora republicana afirmou que ao estarmos em cargo público, temos que dar exemplo, fato que não partiu do deputado Hugo Garcia.

“Preso com sinais de embriaguez, acusado pelos policiais de trocar de lugar com a namorada, o deputado teve uma atitude desrespeitosa, foi preso, pagou fiança, e ao ser questionado na rádio, além de mentir sobre a prisão, ao ser questionado pela medida protetiva, proferiu essa fala completamente difamatória às mulheres que recorrem a esse direito, após sofrerem violência doméstica, passar por uma delegacia, comprovar a violência e só então conseguirem esses recurso que salva vidas. Ao estarmos em um cargo eletivo é aí que temos que dar o exemplo”, finalizou a vereadora Maysa Leão.