14/09/2024 - 10:31 | Atualizada em 16/09/2024 - 10:29
Cícero Henrique
O uso excessivo de verbas indenizatórias por deputados e senadores, revela uma realidade preocupante em relação aos gastos públicos no Brasil. A chamada "verba indenizatória" ou "cotão parlamentar" é destinada a cobrir despesas relacionadas ao exercício do mandato, mas, na prática, tem sido utilizada para ressarcir uma ampla gama de gastos, que incluem desde alimentação até propaganda pessoal.
Deputados e senadores gastam como se não houvesse amanhã, usando a verba para ressarcir quaisquer despesas. Deputados recebem entre R$36,6 mil e R$51,4 mil por mês. Senadores, de R$21 mil a R$44,2 mil, segundo o Estado de origem. A dinheirama nada tem a ver com os generosos salários das excelências: R$44.008,52. Em 2025 tem reajuste aprovado, sobe para R$46.366,19. Na Câmara, o cotão já consumiu R$149,5 milhões. No lado do Senado foram R$17 milhões gastos sem dó. E o ano ainda não acabou.
Além disso, o uso de dinheiro público para autopromoção — mais de R$56,3 milhões gastos em publicidade pessoal — reforça a percepção de que essas verbas são usadas de maneira distorcida, priorizando a manutenção de suas imagens políticas ao invés do benefício do cidadão comum.
A situação fica ainda mais delicada quando se leva em conta que esse tipo de despesa ocorre em um país com desafios fiscais e econômicos significativos, e onde os recursos poderiam ser melhor empregados em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Para o pagador de impostos, essa realidade representa um uso ineficiente e injusto de recursos públicos, alimentando a insatisfação com a classe política.
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