No dia 25 de julho passado, noticiamos o pouso forçado de uma aeronave de pequeno porte, prefixo PT-EIB, que teria ficado sem combustível e pousou em uma pista privada, localizada em uma chácara no Contorno Leste. Segundo o proprietário e piloto, Hamilton Lopes Conceição, a intenção era pousar no aeródromo Bom Futuro, uma pista privada usada por empresários.
O Águia 03, do Ciopaer, prestou apoio operacional na missão, e os agentes encontraram
8 kg de ouro, avaliados em 76,02 mil dólares, com os ocupantes, cujos nomes não foram divulgados naquele momento. Eles foram presos, e
a Polícia Federal iniciou uma investigação que culminou na deflagração das operações Bruciato e Bruciato II.
A ação foi realizada nos estados do Pará, Tocantins e Mato Grosso, mirando os responsáveis por um esquema de comercialização ilegal de ouro extraído da
Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará. Seis pessoas foram presas, entre elas, dois suspeitos detidos em Cuiabá. Além das prisões, a Polícia Federal
apreendeu veículos, joias, ouro, arsenal de armas e uma grande quantidade de dinheiro em espécie.
Um dos presos em Cuiabá é o empresário Pedro Eugênio Gomes Procópio da Silva (foto de capa), sócio-proprietário da empresa Fênix DTVM, a mesma que declarou ter comprado os 8 kg de ouro transportados ilegalmente em 25 de julho. Também foram alvos da Operação Roberto Rivelino Ribeiro, Murilo Aurélio de Almeida e Gutaniel da Silva Gomes.
As investigações revelaram que, até agora,
a organização "esquentou" cerca de 3,14 toneladas de ouro extraído ilegalmente, utilizando documentos falsos para disfarçar a origem do minério.
A Justiça Federal decretou o sequestro e o bloqueio de bens e valores dos investigados, totalizando até R$ 1,7 bilhão.
Ainda como parte da operação, a Justiça determinou a
suspensão das atividades de remoção e comercialização de quatro empresas envolvidas no esquema, interrompendo a prática criminosa que tem afetado gravemente as comunidades indígenas e o meio ambiente.
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