A Polícia Federal, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, Polícia Rodoviária Federal, Ibama e Funai realizaram na última terça-feira, (10/9), na T
erra Indígena Sararé, ações de
repressão à extração ilegal de ouro e à usurpação de bens da União, bem como a desocupação de áreas invadidas por garimpeiros.
Apreensões e prisão
No decorrer da operação, houve a apreensão de uma moto, 100 gramas de ouro, joias, equipamentos de garimpagem, além de cerca de R$ 2,5 mil, resultando na
prisão em flagrante de um homem por usurpação de bem da União e crime ambiental. O preso extraía recursos minerais sem autorização dos órgãos competentes, cometendo delitos cujas penas máximas somadas podem chegar a seis anos de detenção.
Destruição de equipamentos
As ações também envolveram a destruição e/ou inutilização de
motores estacionários e quatro escavadeiras, em virtude de estarem em locais de difícil/impossível remoção, no interior da terra indígena.
De acordo com a Polícia Federal, as ações de desintrusão dos invasores e as investigações relacionadas à extração ilegal de ouro têm se intensificado cada vez mais, visando sobretudo à proteção dos povos originários e do meio ambiente.
Após o encerramento das atividades em campo, as investigações prosseguirão, a
fim de identificar os financiadores da atividade ilegal e descapitalizar as organizações criminosas ali presentes.
Destruição
Segundo o Ministério da Defesa e Forças Armadas, a TI Sararé possui cerca de 67 mil hectares de extensão. Destes, mais de 1,3 mil foram devastados, entre janeiro e julho deste ano, pelos garimpeiros ilegais que se apropriaram do local. Estima-se que o garimpo ilegal causou a perda de 570 hectares e um prejuízo de R$ 5 milhões relacionado ao crime organizado.