Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal deu um passo importante no combate à exploração ilegal de recursos naturais com a deflagração da operação Bruciato II.
A ação foi realizada nos Estados do
Pará, Tocantins e Mato Grosso, mirando os responsáveis por um esquema de comercialização ilegal de ouro extraído da Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará. Seis pessoas foram presas, entre elas
dois suspeitos detidos em Cuiabá
De acordo com as investigações, o ouro foi extraído ilegalmente da área indígena e vizinhança, transportado para Cuiabá, e daqui, encaminhado para fora do país. A operação de hoje, que é a continuação de Bruciato, realizada ontem (10),
busca identificar os países para onde o minério foi levado e aprofundar o entendimento sobre o funcionamento do esquema do crime.
Justiça bloqueia R$ 2,9 bi de organização que "esquentou" cerca de 3,14 toneladas de ouro extraído em terras indígenas
Mandados
Durante a ação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva, sendo quatro em Redenção (PA) e dois em Cuiabá (MT). Além das prisões,
a Polícia Federal apreendeu veículos, joias, ouro, armas e uma grande quantia em dinheiro.
A Justiça Federal também decretou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados, somando até R$ 1,7 bilhão.
Ainda como parte da operação, a Justiça determinou a
suspensão das atividades de extração e comercialização de ouro de quatro empresas envolvidas no esquema, interrompendo a prática criminosa que vem afetando gravemente as comunidades indígenas e o meio ambiente.
A operação Bruciato reforça o compromisso da Polícia Federal e das autoridades brasileiras com a preservação das terras indígenas e o combate à exploração ilegal