Na última semana de agosto, os moradores da capital receberam uma boa notícia: o preço médio da cesta básica caiu novamente, desta vez com uma variação de -0,46% em relação à semana anterior, fechando o mês em R$ 736,62. Essa queda também se reflete no comparativo anual, com os preços 1,21% menores do que em agosto do ano passado, quando a cesta custava R$ 745,61. Esses dados são do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).

Igor Cunha, superintendente da Fecomércio-MT, destacou que este é o segundo mês consecutivo em que o valor da cesta básica apresenta uma queda. "Neste mês de agosto, vimos a cesta básica na capital alcançar seu menor valor em 2024, com uma média de R$ 738,49. Comparando com o mesmo período do ano passado, quando custava R$ 743,01, tivemos uma redução de 0,61%. Esse é um alívio importante para as famílias, que podem organizar melhor suas finanças", comentou Cunha.

O levantamento do IPF-MT revelou que, mesmo com apenas cinco dos 13 itens básicos apresentando queda nos preços, essa redução foi suficiente para manter a cesta básica entre os menores valores do ano. Entre os itens com maior destaque está o tomate, que teve uma queda significativa de 5,02%, passando a custar em média R$ 4,54/kg na última semana de agosto. Essa diminuição no preço pode estar relacionada ao aumento das temperaturas nas principais regiões produtoras, o que acelerou a maturação do fruto e aumentou sua oferta no mercado. Comparado ao ano passado, o tomate está 39,65% mais barato, quando custava R$ 7,52/kg.

Por outro lado, a banana teve um aumento de 2,41%, alcançando o valor de R$ 10,00/kg. Esse aumento pode ser explicado pelas variações de temperatura nas últimas semanas, que impactaram a produtividade das plantações, resultando em uma menor oferta e, consequentemente, em preços mais altos. Em relação ao mesmo período do ano passado, a banana está 5,65% mais cara.

Outro produto que sofreu impacto foi o açúcar, cujo preço subiu 1,83%, passando a custar R$ 3,72/kg. As queimadas recentes afetaram algumas das principais áreas produtoras de cana-de-açúcar, e o clima quente e seco também contribuiu para essa elevação de preços. Comparado ao ano passado, o açúcar está 3% mais caro.

Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, agosto foi um mês positivo para o consumidor. "Os preços da cesta básica mantiveram-se entre R$ 730 e R$ 745 ao longo do mês, com quedas em três das quatro semanas. Esses valores são os mais baixos que vimos em 2024, o que traz um alívio significativo para o bolso das famílias", afirmou Wenceslau.