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Geólogos da UFMT alertam sobre processos erosivos em obra do Portão do Inferno

AMEAÇA PIOR DO QUE O ESTADO ATUAL DO TRECHO

28/08/2024 - 18:12 | Atualizada em 29/08/2024 - 09:46

Cícero Henrique

Geólogos da UFMT alertam sobre processos erosivos em obra do Portão do Inferno

Foto: Reprodução

As obras de retaludamento no morro do Portão do Inferno, localizado no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, têm gerado controvérsia e mobilizado a população local. O Ibama autorizou a intervenção sem um diálogo adequado com a sociedade, o que gerou críticas de diversos setores, incluindo geólogos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Esses geólogos, liderados por Auberto Siqueira, alertam para a falta de robustez nos estudos apresentados pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra), responsável pela obra. Segundo eles, os estudos não consideram adequadamente os riscos de colapso do maciço rochoso, nem durante as operações de retaludamento nem após a sua conclusão. Siqueira destaca que não foram realizados sondagens e ensaios geotécnicos, geofísicos ou mapeamento geológico-geotécnico detalhado, que são requisitos essenciais para o licenciamento de obras desse porte.

O documento apresentado pela Sinfra ao Ibama, intitulado "Estudo das alternativas das soluções dos desmoronamentos na rodovia MT-251", foi criticado por não incluir análises detalhadas dos riscos geológicos. Além disso, Siqueira aponta que o uso de uma imagem de modelo virtual de um "túnel falso" no documento pode induzir a sociedade a erros de julgamento, uma vez que não reflete as verdadeiras condições geológicas do local.

Os geólogos argumentam que o retaludamento pode provocar degradação ambiental severa, incluindo processos erosivos intensos e desconfiguração total de um dos pontos turísticos mais visitados de Mato Grosso. Por essas razões, eles pedem uma reconsideração do licenciamento e a adoção de medidas mais cautelosas e baseadas em estudos técnicos rigorosos para preservar a integridade do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

https://oeco.org.br/analises/quando-o-remedio-e-pior-do-que-a-doenca/


 

 

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