01/08/2024 - 09:48 | Atualizada em 01/08/2024 - 16:11
Redação
A Delegacia Especializada de Estelionatos e Outras Fraudes de Cuiabá lançou nesta quinta-feira (01.08) a Operação Falso Boleto, visando desarticular um esquema de golpistas que causou um prejuízo de R$ 522 mil a uma vítima em Mato Grosso.
Foram executadas quatro ordens judiciais nas cidades de Goiânia (GO) e Rondon do Pará (PA), incluindo duas de busca e apreensão domiciliar e duas de sequestro de bens, além da indisponibilidade de valores no montante de R$ 522 mil das contas dos alvos investigados.
Durante as operações, os policiais apreenderam celulares e notebooks nas residências dos suspeitos. Em um dos computadores, foi encontrado um diálogo entre os golpistas, discutindo uma das fraudes de falsos boletos.
A execução dos mandados contou com o apoio da Polícia Civil do Pará e do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes, do DEIC da Polícia Civil de Goiás.
A investigação começou em abril deste ano, quando a vítima procurou a Polícia Civil para denunciar o golpe do falso boleto. O funcionário administrativo da fazenda da vítima relatou que havia enviado sete boletos para pagamento ao endereço eletrônico da proprietária.
A proprietária da fazenda pagou todos os boletos, mas dois deles tinham os códigos de barras alterados, recebidos já modificados no e-mail. O beneficiário original dos boletos era o banco Itaú, mas os boletos alterados indicavam como favorecida a empresa Google Brasil Internet, totalizando R$ 521.986,40.
O administrador da fazenda notificou os bancos Itaú e do Brasil sobre a fraude antes de procurar a Polícia Civil. A Delegacia de Estelionatos instaurou um inquérito e comprovou que os valores dos falsos boletos não eram devidos à Google Brasil, que reembolsou a vítima. Foram identificados dois suspeitos residentes em Goiânia e no interior do Pará.
O delegado responsável pela investigação, Jean Paulo Nascimento, explicou que os criminosos descobrem informações sobre as vítimas por meio de pesquisas na internet, fraudando os dados e alterando os códigos de barras dos boletos para parecerem originais. “Dessa forma, a vítima acredita que está pagando um boleto verdadeiro, mas no código de barras ou Pix constam informações que direcionam o valor para a conta dos golpistas”, esclareceu.
O delegado acrescentou que os golpistas obtêm acesso a hábitos de consumo e informações pessoais a partir de vazamentos de dados, permitindo que eles adulterem boletos e mantenham os documentos como se fossem as contas originais esperadas pelo consumidor. Jean Paulo também alertou sobre a alteração do QR Code do Pix e a importância de verificar se houve alteração no nome do destinatário após a leitura do código de barras ou QR-Code do Pix.
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