O rompimento da Rede Xingu+, Instituto Kabu e PSOL com o Grupo de Trabalho da Ferrogrão destaca diversas preocupações e críticas relacionadas ao processo de consulta e diálogo sobre o projeto da ferrovia.

Segundo a declaração oficial enviada ao Ministério dos Transportes, as principais queixas do grupo incluem:

Falta de Consulta: Alegam que o Ministério dos Transportes avançou com estudos sem consultar adequadamente os representantes da sociedade civil no grupo.

Processo de Decisão: O grupo aponta que o espaço destinado ao diálogo interministerial e transversal foi esvaziado, tornando-se secundário e sem impacto real nos processos de tomada de decisão.

Inclusão no Cronograma de Leilões: A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) incluiu a Ferrogrão no cronograma de leilões de 2025 sem a devida discussão e consenso com o grupo de trabalho.

Participação da Sociedade: Houve dificuldades logísticas para que as organizações e movimentos sociais garantissem sua presença nas reuniões, prejudicando a efetiva participação da sociedade civil.

A Ferrogrão é um projeto de ferrovia longitudinal que visa conectar Sinop (MT) a Itaituba (PA), com o objetivo principal de facilitar o escoamento de produtos agrícolas. O projeto é visto como estratégico para o agronegócio, mas também levanta preocupações sobre impactos socioambientais e a inclusão de comunidades locais no processo de decisão.

https://oeco.org.br/noticias/sociedade-civil-rompe-com-grupo-de-trabalho-que-discute-ferrograo/