O governo brasileiro está tomando medidas para controlar a alta dos preços do arroz no mercado interno, causada pela especulação e pelas chuvas no Rio Grande do Sul, que aumentaram os preços em até 40%. A primeira leva de arroz importado da Tailândia deve chegar aos supermercados em 30 a 40 dias, antes da implementação de uma redução de tributos que visa baratear ainda mais o produto.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou que o governo publicará um edital para a compra de arroz sem tributos de importação, com um preço máximo estipulado de R$ 20 para um pacote de 5 quilos de arroz agulhinha tipo 1, preferido pelos brasileiros. Essa medida é parte de uma estratégia mais ampla para combater a especulação e assegurar o abastecimento.
Além disso, Fávaro destacou que o Rio Grande do Sul, que produz 70% do arroz brasileiro, ainda tem estoques suficientes para atender a demanda interna, mesmo após a tragédia. O governo está preparado para comprar até 1 milhão de toneladas de arroz, se necessário, para controlar os preços e evitar o desabastecimento.
O governo também planeja descentralizar a produção de alimentos essenciais, como milho, trigo, arroz, feijão e mandioca, para mitigar os riscos de desabastecimento causados por mudanças climáticas e quebras de safra. Isso será parte do novo Plano Safra, a ser lançado até o final de junho, com o objetivo de estimular a produção em várias regiões do país e aproveitar eventuais excessos para exportação, aumentando as divisas para o Brasil.