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Assembleia do Sintep-MT é marcada por denúncias de pressão e assédio a professores e merendeiras

Professores queixaram-se de pressão e merendeiras de assédio para participarem de propagandas governamentais, como o programa 'Master Chef' da educação

21/05/2024 - 14:00 | Atualizada em 21/05/2024 - 14:24

Cícero Henrique

Assembleia do Sintep-MT é marcada por denúncias de pressão e assédio a professores e merendeiras

Foto: Divulgação/Sintep-MT

Professores, funcionários de escolas e aposentados da educação, convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), aprovaram na segunda-feira (20/05) o calendário de mobilização 2024.

A mobilização objetiva pressionar pelo cumprimento de três pautas prioritárias ainda em 2024:
  • a realização de concursos públicos para todos os cargos da carreira,
  • o fim do confisco das aposentadorias e pensões, e
  • a valorização salarial com ganho real (RGA + 9,16%).

As mobilizações terão início no final de maio e serão seguidas por um acampamento organizado pelo Sintep-MT, que ocorrerá de 15 a 19 de julho com o tema “Mato Grosso é um estado rico com educadores empobrecidos”. A categoria também participará do terceiro Conselho de Representantes do ano, nos dias 10 e 11 de agosto, com uma nova assembleia prevista para 12 de agosto.

Desabafo
Durante a assembleia, os profissionais da educação tiveram a oportunidade de desabafar sobre os desafios enfrentados nas escolas estaduais, como a sobrecarga de trabalho, a pressão e o assédio. Os cuidadores de pessoas com deficiência destacaram a terceirização, os salários abaixo do mínimo nacional e o sucateamento dos serviços ofertados pelo governo estadual.

As merendeiras expressaram repúdio à pressão para participação em propagandas governamentais, como o programa "Master Chef" da educação, e demandaram a realização de concursos públicos e medidas para evitar o adoecimento no trabalho.

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Encerramento

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, encerrou a assembleia reafirmando a defesa do calendário de lutas diante da omissão do governador do estado, Mauro Mendes, e da Casa Civil em negociar com a categoria. Segundo o Sintep, os gestores da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), Alan Porto e Amauri Monge, declararam-se incapazes de tratar das pautas prioritárias dos trabalhadores.

Valdeir Pereira concluiu destacando que a Seduc-MT afirmou não ter autorização do governador Mauro Mendes (União) para tratar das questões dos trabalhadores, como a revisão salarial com ganho real de 9,16% ao longo dos quatro anos do governo, o confisco das aposentadorias e pensões, e a necessidade de concursos públicos para todos os cargos da carreira.
 

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