Deputados federais por Mato Grosso, Abilio, Assis, Fernanda, Emanuel Pinheiro, Gisela, Medeiros e Juarez Costa votaram a favor da flexibilização dos agrotóxicos.
Ou seja, votam a favor de propostas de "destruição ambiental".
Na última quinta-feira (9-5), enquanto o foco das notícias estava na tragédia ambiental das enchentes do Rio Grande do Sul, o Congresso Nacional tomou uma decisão controversa também na área do meio ambiente: derrubou oito dispositivos do veto parcial nº 47/2023, aplicado pelo presidente Lula (PT) ao chamado
PL do Veneno, entregando ao Ministério da Agricultura a atribuição de formalizar os registros de agrotóxicos. A informação foi noticiada pelo
Congresso em Foco.
A centralização dos registros no Ministério da Agricultura é uma demanda da bancada ruralista do Congresso.
Na prática, é uma flexibilização:
os agrotóxicos deixam de passar por avaliações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que estabeleceriam se o produto representa algum risco à saúde e ao meio ambiente.
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A bancada do agro defende que isso vai no caminho da desburocratização, tornando os registros mais rápidos. Já o governo, na justificativa para o veto, argumenta que a centralização coloca em risco “os direitos à vida, à saúde, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” e que o Ministério da Agricultura não tem o quadro técnico necessário para avaliar questões de saúde e impacto ambiental.
Senado
Senadores atenderam os pedidos do setor do agronegócio que são favoráveis ao projeto.
O senadores Jayme Campos (União), Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL) também votaram a favor da flexibilização do uso dos agrotóxicos.