BRT: Wilson Santos propõe criar comissão para ''guerra anunciada'' entre Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes
15/08/2023 - 15:24 | Atualizada em 16/08/2023 - 13:06
Cícero Henrique
Foto: Reprodução
O deputado estadual Wilson Santos (PSD) lembrou hoje que, quando Cuiabá foi anunciada como uma das sedes da Copa de 2014, criou-se toda uma euforia na região metropolitana e algumas obras estruturantes até hoje não saíram do papel, como é o caso do VLTBRT em Cuiabá.
— Houve ingerência política, houve ingerência do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual, operações, houve confissão pública por parte do ex-governador Silval Barbosa, que recebeu propina em decorrência dessa obra, enfim, é um conjunto de idas e vindas, mas que agora ficou definida a opção pelo BRT, essa obra precisa ter continuidade.
Wilson Santos pontuou que em dezembro de 2014 a obra do VLT foi parada pelo governador Silval Barbosa, quando ele [governador] devia três medições mensais e mais de 20 correções ao Consórcio VLT Cuiabá e Várzea Grande, pondo um ponto final depois de ter pago 1 bilhão e 66 milhões de reais.
Na gestão de Pedro Taques se tentou a retomada do VLT, chegou até um consenso financeiro de R$ 903 milhões para concluir a obra, aconteceu a opreção Descarrilho, desencadeada pelo Ministério Público Federal em parceria com o Estadual, ai parou de vez, disse o deputado.
Em seguida, continuou, o ex-governador Silval Barbosa vem a público e assumiu como réu confesso que recebeu alguns milhões de reais a título de propina só dessa obra. E agora na segunda gestão do governador Mauro Mendes(UB), a obra foi retomada como modal BRT.
Questionado sobre quem poderia mediar o conflito entre o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e o governo estadual, Santos sugeriu a criação de uma comissão com a participação do senador Jayme Campos (União Brasil), representantes do TCE e deputados estaduais.
— Por isso sugerimos uma comissão política do Senado pelo senador Jayme Campos, que tem bom trânsito no Palácio Paiaguás como no Palácio Alencastro, um ou dois representantes do Tribunal de Contas e dois ou três deputados da Assembleia Legislativa. Essa comissão deve se antecipar para evitar um conflito que está anunciado, é uma guerra anunciada. O prefeito Emanuel Pinheiro tem dito publicamente que não vai admitir a construção do modal BRT em Cuiabá. Para não chegarmos lá, sabendo que isso pode acontecer com consequências gravíssimas para a Capital, nada mais ajuizado do que formar uma comissão para intermediar esse conflito e pôr um ponto final nisso, concluiu.