A Polícia Federal no DF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpre neste momento mandados de busca e apreensão em endereços do
governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Endereços ligados ao ex-número 2 na Secretaria de Segurança do DF também são alvos de busca e apreensão. Ambos já haviam prestado depoimento à PF, no inquérito que apura responsabilidades de autoridades nos atos terroristas de 8 de janeiro, que pretendiam dar um golpe de Estado.
As buscas são realizadas a pedido do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR e foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de apurar se houve dolo na falha de segurança no dia 8.
Os advogados Alberto Toron e Cleber Lopes, que fazem a defesa do Governador Ibaneis Rocha, dizem em nota que “consideram que a busca determinada na sua residência e seu antigo escritório, embora inesperada, posto que o Governador sempre agiu de maneira colaborativa em relação à apuração dos fatos em referência, certamente será a prova definitiva da inocência do chefe do executivo do Distrito Federal”.
Nota da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal cumprem, na tarde desta sexta-feira (20), mandados de busca e apreensão na residência e em locais de trabalho do governador afastado do Distrito Federal. Também há mandados contra o ex-secretário interino de Segurança Pública do Distrito Federal.
As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes a partir de pedidos da PGR. O objetivo é buscar provas para instruir o inquérito instaurado para apurar condutas de autoridades públicas que teriam se omitido na obrigação de impedir os atos violentos registrados em 8 de janeiro em Brasília.
As medidas cautelares foram requeridas pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. Integrantes do grupo acompanham a operação.