A tentativa de insurreição liderada por extremistas bolsonaristas que depredaram as sedes dos Três Poderes no último domingo (08/01) provocou uma reação mundial de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O presidente recém-empossado também conseguiu unir autoridades e lideranças de todo o país em torno da defesa da democracia e, segundo especialistas, está saindo fortalecido do episódio, enquanto a oposição de direita está fragilizada e dividida.

No entanto, a resistência violenta ao seu governo e o terrorismo de extrema direita se mostram ameaças maiores do que se previa inicialmente, de acordo com os especialistas.

Intervenção federal no Distrito Federal é votada nesta terça-feira no Senado: as consequências serão enormes!

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou uma sessão extraordinária para hoje (10/01) para votar o decreto de intervenção federal assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esse decreto, conhecido como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), permitirá que as Forças Armadas atuem na capital federal para restaurar a ordem pública após os ataques violentos promovidos por bolsonaristas radicais nos prédios dos Três Poderes no último domingo (08/01).

A sessão será realizada de maneira remota e os senadores participarão dela.

A Câmara dos Deputados, por unanimidade, já aprovou na segunda-feira (09/01) a intervenção federal no Distrito Federal.

Os três passos de Ricardo Cappelli, o interventor do DF

O interventor de segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, nomeado pelo ex-presidente Lula, definiu suas três prioridades após a prisão de bolsonaristas radicais que invadiram os Três Poderes.

A primeira prioridade é garantir a transferência segura e rápida de todos os cerca de 1.200 detidos para o Instituto Médico Legal e, posteriormente, para o presídio da Papuda. As operações de identificação e transferência começaram na segunda-feira (9/1) e devem ser concluídas até terça-feira.

A segunda prioridade é fortalecer a linha de comando das forças de segurança, aumentando a integração entre elas e prevenindo novos episódios de vandalismo. Nessa linha de ação, ontem, o Coronel Klepter Rosa assumiu interinamente o comando da Polícia Militar do DF após o interventor exonerar o antecessor, Coronel Fábio Augusto.

A terceira prioridade é individualizar a conduta de cada manifestante, especialmente na questão dos crimes cometidos, a fim de adequadamente identificar e punir os responsáveis. Isso será liderado principalmente pela Polícia Federal, com o objetivo de diferenciar aqueles que ultrapassaram a barreira policial mas ficaram do lado de fora dos prédios do Congresso, STF e Planalto, dos que invadiram as instalações e depredaram patrimônio público. O Ministério da Justiça criou um e-mail para receber informações sobre os crimes denuncia@mj.gov.br.

Governo consegue acalmar ânimos após tentativa de golpe, mas olhos do mundo acompanham risco de golpismo no Brasil

Como o mundo estaria reagindo ao golpe? Investidores internacionais surpresos com a estabilidade do mercado após tentativa de golpe no Brasil.

O último fim de semana foi marcado por tentativas violentas de golpistas invadindo o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto no Brasil, causando preocupação sobre como o mundo estaria reagindo a essa crise.

No entanto, a sessão da Bolsa de Valores na segunda-feira (09/01) mostrou uma surpresa para os investidores estrangeiros, com o índice Ibovespa fechando praticamente estável, contrariando as previsões de uma debandada.

Segundo Lorena Laudares, head de estratégia da Órama, a percepção de instabilidade institucional pode afastar esses investidores.

A resposta rápida e firme do governo parece ter dissipado essas preocupações e acalmado os ânimos.

Portanto, investidores estrangeiros continuam de olho no cenário político brasileiro, mas agora com mais confiança na capacidade do governo de lidar com a crise.

Reforço para Lula: 8 estados enviam PMs para combater ameaça à ordem pública em Brasília

O governo Lula está mobilizando todos os recursos possíveis para garantir a segurança do Distrito Federal após o ataque terrorista na sede dos Três Poderes.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou a mobilização de PMs de 8 estados para integrar a Força Nacional de Segurança Pública e combater o “grave comprometimento da ordem pública”.

Com isso, policiais militares de estados como Ceará, Bahia, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão, Goiás e Rio Grande do Sul estão sendo chamados para atuar no DF e ajudar a garantir a segurança da população.

Todo o esforço está sendo feito para trazer tranquilidade e segurança para a capital federal, e garantir que esses atos terroristas não sejam mais vistos no país.