O pastor indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante, preso pela Polícia Federal em dezembro do ano passado por participar de manifestações antidemocráticas, escreveu uma carta pedindo perdão ao povo brasileiro, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro Alexandre de Moraes, que mandou prendê-lo, ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Serere Xavante
foi preso no dia 12 de dezembro passado a pedido da PGR, por ataques à democracia, ao STF e por pedir a intervenção militar no país.
Na carta, divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, Serere afirma que não houve fraude nas urnas e se deixou levar por "informações erradas fornecidas por terceiros' e "inteiramente desvinculadas da realidade".
A defesa do indígena parece empenhada em minimizar os ataques registrados em vídeos e compartilhados nas redes sociais.
Segundo a Polícia Federal (PF), Serere Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília (DF), notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos.
Ameaças
Ao examinar o pedido da PGR, o ministro Alexandre ressaltou que as condutas do investigado, amplamente noticiadas na imprensa e divulgadas nas redes sociais, se revestem de agudo grau de gravidade e revelam os riscos decorrentes da sua manutenção em liberdade, uma vez que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos. “A restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação”, afirmou.