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Ministra do Turismo do governo Lula, Daniela já fez aceno ao bolsonarismo

31/12/2022 - 10:20 | Atualizada em 31/12/2022 - 10:38

Redação

Ministra do Turismo do governo Lula, Daniela já fez aceno ao bolsonarismo

Foto: Divulgação

Em política não pode existir inimigos e sim adversários. A política é dinâmica, uma hora pode estar de um lado e depois de outro lado.

Futura ministra do Turismo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) tem histórico de acenos ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Parlamentar mais bem votada no Rio, ela defendeu voto no chefe do Executivo em 2018, quando ele concorria contra Fernando Haddad, que será seu colega de Esplanada. Já em 2022, chegou a criticar, em vídeo, a “ideologia de gênero nas escolas” e o “lobby para a linguagem neutra”, discurso afinado com a pauta de costumes bolsonarista.

Com o apoio sob disputa depois de receber 213 mil votos, Daniela acompanhou desconfiada a decisão do marido, Waguinho (União), prefeito de Belford Roxo, e declarou apoio a Lula no segundo turno, após “cabo de guerra” do petista com Bolsonaro. No fim de outubro, ela chegou a afirmar que a decisão havia sido um “baque” e que, inicialmente, “não foi confortável” declarar voto em Lula, mas depois “foi entendendo”.

Há quatro anos, na primeira vez em que foi eleita ao Congresso, ela abriu nas redes sociais seu voto em Bolsonaro na disputa contra Haddad. Desde então, durante os quatro anos de seu mandato na Câmara, foram frequentes as publicações ao lado do presidente ou da primeira-dama, Michelle Bolsonaro — uma delas, em abril deste ano, quando um projeto de lei de sua autoria recebeu a sanção presidencial.

“Na reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro, dialogamos sobre um pacote de medidas que será apresentado por ele, para que nosso país volte a crescer. Falamos também da necessidade de mudar a forma de fazer política no Brasil”, escreveu em dezembro de 2018, ao compartilhar registro com Bolsonaro.

Eleita com discurso voltado ao eleitorado feminino, como a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho e o combate ao feminicídio, Daniela já demonstrou afinidade com pautas ligadas à agenda de costumes e frequentemente explorada pelo bolsonarismo. Em publicação de dezembro de 2020, ela fez críticas à chamada “ideologia de gênero” nas escolas e à linguagem neutra, além de afirmar que “o sistema de ensino não pode ser âmbito de ideologias e contra nossos valores”.

Mas o alinhamento ao bolsonarismo não é irrestrito. Durante a pandemia, ela destacou nas redes o voto para derrubar veto de Bolsonaro, que havia rejeitado o uso obrigatório de máscara em escolas e no comércio. Daniela também foi contra o voto impresso e a ampliação do porte e da posse de armas para CACs.

https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2022/12/futura-ministra-de-lula-daniela-do-waguinho-fez-serie-de-acenos-ao-bolsonarismo.ghtml
 
 

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