O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em nota, afirmou neste domingo de Natal (25/12) que os acampamentos “patriotas” funcionam como células terroristas. Ele disse que esses locais – mormente em frente a quartéis – viraram incubadoras de atos violentos contra o Estado Democrático de Direito.

Abaixo, confira a nota de Dino:

1. Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos “patriotas” viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível.

2. O armamentismo gera outras degenerações. Superá-lo é uma prioridade.

3. Reitero o reconhecimento à Polícia Civil do DF, que agiu com eficiência. Mas, ao mesmo tempo, lembro que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos.

4. As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem.

5. O delegado Andrei, futuro Diretor Geral da PF, tem feito o acompanhamento, em nome da equipe de transição.

6. Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores.

O futuro ministro ainda disse que irá propor à  Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que constituam grupos especiais para “combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável”.

A manifestação de Flávio Dino ocorreu no contexto da prisão do empresário bolsonarista paraense George Sousa, que planejava um ato de terrorismo, com explosão de bomba, no aeroporto internacional de Brasília. A ideia seria causa terror às vésperas da posse do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Irei propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. O Estado de Direito não é compatível com essas milícias políticas”, disse Dino.