Entrevista desta semana na revista IstoÉ, o senador pelo Partido dos Trabalhadores, Paulo Rocha, que detonou o governo de Jair Bolsonaro.
Não faltou adjetivos para desqualificar Bolsonaro.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) transita pelos corredores do Congresso há 30 anos e conhece como poucos os meandros da articulação política. Não à toa, compôs a linha de frente do time escalado por Lula para destravar no Senado a PEC da Transição, que amplia o teto de gastos para bancar R$ 145 bilhões em despesas do Bolsa Família por dois anos. Afinado com o presidente eleito, Rocha afirma que, sem a medida, que ainda precisa ser aprovada na Câmara, o País corre o risco de parar e reclama da cobrança do mercado e de uma ala do parlamento por uma nova âncora fiscal. “Não vi a mesma pressão nos quatro anos do precário governo de Bolsonaro”, dispara. “Uma âncora é necessária para disciplinar a economia e o crescimento, mas precisamos de planejamento estratégico e não apenas de um instrumento frágil, desenvolvido às pressas”, emenda, Líder do PT no Senado, Rocha ressalta a urgência de outras soluções para desenvolver o País, como a Reforma Tributária, e o fim das emendas de relator, que comprometerão R$ 19,4 bilhões dos cofres públicos apenas no próximo ano. “O orçamento secreto é um símbolo das maldades que Bolsonaro fez. Desorganizou o Orçamento da União e direcionou recursos para a compra de parlamentares”, diz o petista.
Apesar das movimentações internas, Bolsonaro, que deveria liderar a oposição, segue em silêncio. Como o sr. encara a posição do atual presidente?
Bolsonaro e o PL se perderam. O presidente parece cachorro quando cai na mudança e fica desnorteado na estrada. Acho que vão buscar outro tipo de liderança, de direção, para fazer oposição ao novo governo.
Bolsonaro não tem musculatura para isso?
Não é que ele não tenha musculatura. É pelo método dele de mentira, misturada com ódio, que resulta no confronto. O Brasil moderno não deu e não dará futuro a isso. O Brasil é um país religioso, de boa gente. Carnaval e futebol unem todo mundo. E o cara vem para a política com o método do ódio… Não dará mais certo.
Mas ainda há extremistas acampados em frente a quartéis.
São alguns poucos fundamentalistas.Logo serão uma minoria ainda mais clara. Com a recuperação da democracia e diante de um governo popular, que reorganizá o País e as contas, esse grupo sumirá.
Veja a entrevista completa do senador no link abaixo
https://istoe.com.br/o-mercado-e-mais-duro-com-lula-do-que-foi-com-bolsonaro/