O presidente Jair Bolsonaro, inconformado com a derrota para Lula da Silva por uma diferença de 2 milhões de votos, entrou com representação no TSE. Nela, Bolsonaro pede que sejam desconsiderados os votos das urnas que o Instituto Voto apontou como supostamente com 'mau funcionamento'.
Com a manutenção apenas dos votos dados nas urnas UE2020 e a anulação dos demais, a representação indica que Bolsonaro seria o vencedor da eleição.
A representação aponta que “Todas as urnas dos modelos de fabricação UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 apontaram um número idêntico de LOG, quando, na verdade, deveriam apresentar um número individualizado de identificação”, afirma a representação. Os modelos em questão somam 352.125 urnas.
O Instituto Voto foi contratado pelo PL, partido do presidente, para auditar as urnas.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi pressionado pelo presidente a defender a versão de urnas irregulares. Costa Neto chegou a conversar com integrantes do TSE, alegando acreditar na lisura da eleição, mas que está sendo pressionado por Jair Bolsonaro.
O presidente sabe que dificilmente os votos das urnas apontadas serão invalidados. A representação lhe é útil, apenas, para incitar bolsonaristas frustrados com a derrota, aqueles que estão na frente dos quartéis e bloqueando rodovias. O movimento de rua pede a anulação das eleições e intervenção militar.
Valdemar Costa Neto se diz surpreso e que o relatório não expressa a opinião do partido:
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