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Disputa pelo governo será entre Mauro Mendes e Márcia Pinheiro

ELEIÇÕES 2022

16/08/2022 - 12:20 | Atualizada em 17/08/2022 - 07:31

Cícero Henrique

Disputa pelo governo será entre Mauro Mendes e Márcia Pinheiro

Foto: Reprodução

A campanha eleitoral para o governo do Mato Grosso começa projetando um novo cenário da disputa, bem diferente do que foi a pré-campanha. Alguns desistiram de concorrer ao Palácio Paiaguás, outros surgiram na reta final das convenções. Márcia Pinheiro agora é candidata ao governo do Estado, entrou na disputa de última hora.

Essas mudanças alteram o panorama da disputa, que parecia apontar para a liderança isolada do governador e candidato à reeleição Mauro Mendes (União Brasil). Nos bastidores comentários são fortes de que o já "ganhou" vem prejudicando.

O cenário da disputa divide os candidatos em dois grandes blocos: os que disputam motivados unicamente pela possibilidade de vitória e os que disputam motivados pela oportunidade de participar. Os primeiros só entram porque veem alguma chance de vencer as eleições. Os demais, aproveitam a oportunidade de disputar e criar alguma chance.

No primeiro bloco, estão os candidatos que disputam as eleições com chances reais de vencer. São nomes conhecidos dos eleitores, testados nas urnas, já disputaram ou exercem cargos eletivos, tomam decisões com base em pesquisas, sabem bem o tamanho do espaço que ocuparam no imaginário do eleitorado, o que os tornam não apenas concorrentes, mas sérios candidatos ao cargo de governador. Contam ainda com estrutura partidária, recursos financeiros e organização profissional de campanha. Alguns mais, outros menos, mas todos com possibilidade de crescer e surpreender. Integram o bloco Mauro Mendes (União Brasil) e Márcia Pinheiro (PV).

O segundo, o bloco dos alternativos, reúne candidatos que estão entrando na disputa para participar, independentemente de ter mais, menos ou nenhuma chance de vencer. Partem do princípio de que o mais importante é participar e que só ganha eleição quem a disputa. São nomes pouco conhecidos dos eleitores, lançados por partidos considerados pequenos, ou nanicos, com poucos recursos, na base do amor à causa, ideológica, ou outra qualquer, motivados pela busca de ocupar espaço. O bloco é composto por Moisés Franz (Psol) e Pastor Marcus Ritela (PTB).

Polarização

Não há eleição sem polarização. E é a polarização que indica a posição de cada candidato na disputa. O resultado das convenções deixou mais evidente que a polarização deve caminhar para confrontar as duas novas forças políticas que se formaram em torno do governador Mauro Mendes e de Márcia Pinheiro. São os dois candidatos que demonstram maior capacidade para crescer com a campanha e consolidar posição.

O governador Mauro Mendes apoia Jair Bolsonaro (PL) e Márcia Pinheiro vai de Lula (PT). Ambos exploram a imagem de pessoas de confiança dos presidenciáveis.

Mauro Mendes conseguiu consolidar a ideia de favoritismo, em função de comandar a máquina do governo. É o candidato que conseguiu mobilizar mais forças políticas em sua volta. Apresenta uma invejável estrutura partidária, reúne quase 80 prefeitos e mais de mil vereadores, segundo dados de aliados; reúne quase todos os deputados estaduais e cinco dos oitos deputados federais. Qualquer candidato com uma estrutura como essa vence as eleições. Mauro Mendes é o único dos candidatos com condições de vencer no primeiro turno.

É preciso esperar a campanha deslanchar para se avaliar a posição de cada candidato nesta corrida. A partir de hoje (16), quando a campanha começa para valer, vai ser possível avaliar quem é quem nesta corrida, que indiscutivelmente dará início a um no ciclo político no Estado.  


 

 
 

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